Roma, (ZENIT.org) Salvatore Cernuzio
Os jovens de hoje precisariam de “um novo Dom Bosco”. Alguém que mostre que , para além da educação e da formação, existe uma real atenção para os problemas das suas vidas e sofrimentos das suas almas. Que mostre, portanto, aquela “amabilidade” sempre pregada pelo Santo. Convencido disso está Mons. Enrico dal Covolo, que entende bem de jovens, depois de cinco anos na frente da ‘Universidade do Papa’, a Pontifícia Universidade Lateranense. Salesiano proeminente, depois da Páscoa, Dal Covolo foi para Qom, no Irã, para um projeto de diálogo em vista do Jubileu e para presentear aos alunos e professores islâmicos a bagagem experiências positivas aprendidas durante os anos de formação dos salesianos. As mesmas pessoas que inicialmente "não gostavam muito dele", mas que, depois mudaram a sua visão sobre a vida e a fé. Abaixo a primeira parte da entrevista. A segunda parte será publicada na segunda-feira, 11 de maio.
ZENIT:
Há 200 anos da morte de Dom Bosco, o que diz a figura desta grande Santo,
especialmente aos jovens aos quais se dirigia e aos quais reservava tão grande
atenção?
Mons.
Dal Covolo: Em primeiro lugar eu digo sempre que seria necessário “um novo Dom
Bosco” porque a situação dos jovens de hoje é tal que requer pessoas com um
carisma como aquele do Santo. Realmente precisaríamos rezar mesmo para que
voltasse um Dom Bosco, sem dúvida não com as características de 200 anos atrás,
porque seria anacrônico. Os tempos mudaram muito, os desafios são diferentes,
os jovens de hoje são muito diversos... No entanto, há um elemento que, na
minha opinião, permanece perene na sua validade educativa e é a famosa
amabilidade, ‘ponta de diamante’ do sistema preventivo. Aquela ideia de Dom que
se o coração não está no centro do processo educativo não se faz nada. É por isso
que eu sempre digo que o educador deve sempre ser um homem ou uma mulher de
esperança: não é possível educar de modo técnico, sem assumir totalmente as e
expectativas, os problemas dos jovens. Para mim é totalmente válido o ideal que
São João Bosco propôs aos seus jovens, ou seja, o ideal do cidadão honesto e do
bom cristão, que significa, basicamente, um projeto educacional de 360°.
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