+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
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O que as pessoas falavam de Jesus? O que hoje pensam dele? E a nossa resposta, qual tem sido? O Evangelho sempre nos ajuda a conhecer quem é Jesus. Contudo, o texto proclamado, neste Domingo do Tempo Comum, nos propõe de modo especial esta pergunta, dando-nos a resposta por meio de Simão Pedro e ressaltando o seu papel na Igreja.
Hoje, nós somos convidados a repetir, com os lábios, com o coração e a vida, a resposta dada a Jesus por Simão Pedro: ‘Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16). Para tanto, é preciso estar com Jesus, conviver com ele, seguir os seus passos, escutá-lo e falar ao seu coração, isto é, dispor-se ao discipulado. Somente o discípulo é capaz de conhecer Jesus. Entretanto, não é possível dar essa resposta contando somente com as próprias forças. Conforme a palavra de Jesus a Simão Pedro, “não foi um ser humano que revelou isso, mas o Pai que está no céu” (Mt 16,17). Hoje, também, para professar a fé em Jesus Cristo, necessitamos muito da sabedoria divina, da graça de Deus, por meio da Igreja.
Nesta passagem bíblica, encontra-se, pela primeira vez, no Novo Testamento, a palavra “Igreja” para designar a comunidade dos que creem em Cristo. Nossa resposta à pergunta “quem é Jesus” é dada com a Igreja quando rezamos a profissão de fé: “Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor”. Nas suas orações e no seu ensinamento, a Igreja repete sempre a mesma profissão de fé de Pedro. Temos como último ponto de referência Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo, professado por Pedro e, com ele, por toda a Igreja. Tal resposta deve ser continuamente renovada. Não pode brotar apenas dos lábios. Deve ser repetida com o coração e a vida. Por isso, deve ser “professada”, isto é, testemunhada. Esta profissão de fé necessita ser alimentada pela oração pessoal e comunitária, pela escuta da Palavra e pela Eucaristia; ao contrário, pode enfraquecer ou se apagar. No coração de cada um, a fé necessita ser purificada, amadurecida e fortalecida. É feliz, segundo as palavras do próprio Senhor a Pedro, quem reconhece Jesus como o Messias, o Filho do Deus vivo.
Neste Mês Vocacional, rezamos hoje, de modo particular, pelos que vivem a vocação cristã, recebida no batismo, através dos diversos ministérios e serviços em nossas comunidades, demonstrando-lhes fraterna estima e sincera gratidão. Comemoramos, com louvor a Deus, o Dia Nacional do Catequista. Aos irmãos e irmãs catequistas, a nossa sincera gratidão pelo valioso trabalho prestado generosamente em nossas comunidades. A todos, as nossas orações e o apoio de nossas famílias e comunidades!
Arquidiocese de Brasília
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