REDAÇÃO CENTRAL, 11 Abr. 18 / 06:00 am (ACI).- Quando Jesus entra no coração de uma pessoa, o amor que inflama é tão grande que a transborda e supera. Esse foi o sentido da vida de Santa Gemma Galgani, uma jovem italiana a quem Cristo concedeu os estigmas e passou por vários sofrimentos corporais.
Suas grandes forças foram uma espiritualidade profunda, o grande amor que sentia pelos pecadores e os corações de Jesus e Maria.
Gemma nasceu em Camigliano (Itália), em 12 de março de 1878. Seus pais eram o farmacêutico Enrique Galgani e Aurelia Landi. Era a quarta filha de oito irmãos. Desde menina, mostrou sinais de santidade, pois se trancava para rezar diante do crucifixo da família.
Sua mãe foi quem lhe ensinou o amor por Cristo Crucificado e pela Virgem Maria. Quando era criança, sua mãe a tomava nos braços e ensinava o crucifixo. Entre lágrimas, falava-lhe do imenso amor que Jesus teve pelos homens.
Quando sua mãe percebeu que logo chegaria sua hora de partir, decidiu entregar a filha aos cuidados do Espírito Santo. Preparou-a para receber o sacramento da Confirmação que lhe foi administrado em 1885 pelo Bispo de Lucca, Dom Nicolás Ghilardi. Durante a cerimônia, Gemma sentiu que o Espírito Santo lhe perguntava se ela queria entregar-lhe sua mãe. A menina respondeu que sim e lhe pediu que a levasse também. Isso não aconteceu, porque Deus tinha grandes planos para sua vida.
Durante toda a sua vida, Gemma esteve muito perto da Eucaristia e da Mãe de Deus. Apesar de sua pouca idade, Dom Volpi, permitiu que a menina recebesse a primeira comunhão, porque soube que se não o fizesse, ela morreria de dor.
Depois da morte de seu pai, Gemma se mudou com seus tios para Camioer. Durante um ano, descuidou-se de suas orações e esqueceu-se de Jesus, porque se sentiu atraída pelas diversões mundanas. Entretanto, Cristo permitiu que ficasse doente para fazê-la voltar aos seus braços. Como requeria maiores cuidados, voltou para Lucca, onde permaneceu até sua morte.
Jesus lhe concedeu diversas graças, como a presença de São Paulo da Cruz ou do Venerável Gabriel. Também tinha experiências místicas sobre a Paixão de Cristo.
Santa Gemma recaia frequentemente na enfermidade e aproveitava esses momentos para oferecer seus sofrimentos pela conversão dos pecadores.
Toda essa entrega e abnegação eram motivo de ódio para o demônio, que nunca deixou de tentá-la e até mesmo chegou a atacá-la fisicamente.
Devido aos seus padecimentos, êxtases e por ter os estigmas de Cristo, as pessoas zombavam dela e achavam que fosse louca. Mas, Gemma nunca se deixou amedrontar por esses insultos e continuou amando e servindo a Jesus até o dia de sua morte.
Antes de morrer, voltou a ficar doente, sentindo muitas dores. Gemma ofereceu a enfermidade como uma mortificação para que um sacerdote, que levava uma vida mundana e desordenada, se convertesse. O padre se converteu dois dias antes de sua morte.
A jovem italiana morreu em 11 de abril de 1903, no Sábado Santo. Pe. Germán lhe deu a extrema unção e viu que colocava seus braços imitando Cristo na cruz. Depois, Gemma tomou o crucifixo nas mãos e exclamou: ‘Jesus!... Em tuas mãos encomendo minha pobre alma!”. Voltando-se para a imagem de Maria, acrescentou: “Minha mamãe, recomende a Jesus minha pobre alma... Diga-lhe que tenha misericórdia de mim”.
Pe. Germán escreveu logo a biografia e a devoção a Santa Gemma começou a se estender de maneira prodigiosa, não apenas na Itália, mas em muitos países do mundo.
Foi canonizada em 2 de maio de 1940, durante a festa da Ascenção do Senhor. O Papa Pio XI disse sobre a santa: “Será a joia de nosso pontificado”.
ACI Digital
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