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domingo, 19 de agosto de 2018

Solenidade da Assunção de Nossa Senhora

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A solenidade da Assunção de Nossa Senhora, fixada para o dia 15 de agosto, no calendário litúrgico da Igreja, está sendo celebrada neste domingo, no Brasil, para que todos possam participar da celebração eucarística, pela especial importância desta festa mariana.
O dogma da Assunção de Nossa Senhora está relacionado essencialmente à sua Imaculada Conceição. Terminado o curso da sua vida terrena, por ter sido concebida sem pecado, Maria foi assunta em corpo e alma à glória celeste. “A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos”, conforme nos ensina o Catecismo da Igreja Católica (n. 966). Por isso, o dogma da Assunção deve ser compreendido à luz da Imaculada Conceição e da Ressurreição de Jesus, proclamada na Primeira Carta aos Coríntios. “Cristo Ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram” (1Cor 15,20), afirma o apóstolo Paulo, mencionando, a seguir, aqueles que “pertencem a Cristo”, como Maria, destinados a participar da sua vitória sobre a morte.  A Assunção decorre da fé na ressurreição de Jesus e fortalece a nossa esperança de participar da sua vitória. Aquela que viveu profundamente unida ao seu Filho na terra, continua unida a Ele no céu, nossa pátria definitiva.
Para tanto, recorremos à intercessão de Nossa Senhora e nos dispomos a imitar os seus exemplos. O Evangelho nos apresenta a visita de Maria a Isabel.  O “sim” de Maria, a “serva do Senhor”, se prolonga pela caridade no serviço humilde e generoso a Isabel.  A “serva do Senhor” se faz servidora de Isabel. Nos lábios de Isabel, encontramos parte da Ave-Maria: “bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” (Lc 1,42). Dos lábios de Maria brota a belíssima oração conhecida como “Magnificat”, exaltando a misericórdia de Deus, que “se estende de geração em geração”, na sua vida e na vida de “todos os que o respeitam” (Lc 1, 50). A Assunção é sinal do cumprimento daquilo que afirma Maria em sua oração: “o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor”; Ele “derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes”. Para chegar ao céu, é preciso percorrer o caminho da doação generosa e do serviço humilde aos irmãos, especialmente aos mais sofredores, sempre sustentados pelo amor misericordioso de Deus.
Neste domingo do Mês Vocacional, concluímos a Semana da Família e nos recordamos, especialmente, da vocação à vida consagrada. Aos irmãos e irmãs na vida consagrada, a nossa profunda gratidão e as nossas preces, suplicando a intercessão da Virgem assunta ao céu, modelo para todos os que se consagram a Deus.
O Povo de Deus / Arquidiocese de Brasília

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF