+ Dom Sérgio da Rocha CARDEAL ARCEBISPO DE BRASÍLIA |
O
belíssimo capítulo 15 do Evangelho segundo S. Lucas narra as parábolas da
misericórdia. É importante considerar o que São Lucas declara no início: “os fariseus e os mestres da Lei criticavam Jesus” porque ele acolhia os pecadores e fazia refeição com eles. Em resposta, Jesus conta as parábolas da ovelha perdida, da mulher que encontra a moeda perdida e a célebre parábola conhecida como “filho pródigo”, mas que pode ser chamada parábola do “pai misericordioso”. A mensagem pode ser resumida em três pontos. 1º ) A misericórdia de Deus para com os pecadores, ressaltada por Jesus. Deus é o Pai misericordioso com o coração e os braços sempre abertos para acolher o filho que erra e quer retornar à casa. Deus é Pastor que não desiste de encontrar a ovelha perdida. 2º ) A alegria de encontrar o que estava perdido enfatizada nas três parábolas. 3º) A recusa em admitir o perdão e se alegrar com a volta do irmão que erra. A parábola do Pai misericordioso nos faz pensar no modo como tratamos os irmãos que erram. A recusa do filho mais velho retrata bem a atitude dos fariseus, muito diferente do modo misericordioso de agir de Jesus. Somos convidados a sermos misericordiosos para com os irmãos que erram.
misericórdia. É importante considerar o que São Lucas declara no início: “os fariseus e os mestres da Lei criticavam Jesus” porque ele acolhia os pecadores e fazia refeição com eles. Em resposta, Jesus conta as parábolas da ovelha perdida, da mulher que encontra a moeda perdida e a célebre parábola conhecida como “filho pródigo”, mas que pode ser chamada parábola do “pai misericordioso”. A mensagem pode ser resumida em três pontos. 1º ) A misericórdia de Deus para com os pecadores, ressaltada por Jesus. Deus é o Pai misericordioso com o coração e os braços sempre abertos para acolher o filho que erra e quer retornar à casa. Deus é Pastor que não desiste de encontrar a ovelha perdida. 2º ) A alegria de encontrar o que estava perdido enfatizada nas três parábolas. 3º) A recusa em admitir o perdão e se alegrar com a volta do irmão que erra. A parábola do Pai misericordioso nos faz pensar no modo como tratamos os irmãos que erram. A recusa do filho mais velho retrata bem a atitude dos fariseus, muito diferente do modo misericordioso de agir de Jesus. Somos convidados a sermos misericordiosos para com os irmãos que erram.
As
parábolas da misericórdia nos convidam também a reconhecer a nossa
condição de ovelhas perdidas ou de filhos pródigos, quando pecamos. Contudo, mais importante é o reconhecimento do pecado e a disposição para recomeçar a vida, caminhando com confiança rumo à casa do Pai misericordioso, que vem ao nosso encontro com os braços abertos, alegrando-se conosco. O Salmo 50 nos ajuda a fazer a experiência da misericórdia de Deus, conforme o refrão proposto na liturgia da missa: “Vou agora levantar-me; volto à casa do meu pai”. Procuremos valorizar o sacramento da reconciliação pelo qual recebemos a graça do perdão.
condição de ovelhas perdidas ou de filhos pródigos, quando pecamos. Contudo, mais importante é o reconhecimento do pecado e a disposição para recomeçar a vida, caminhando com confiança rumo à casa do Pai misericordioso, que vem ao nosso encontro com os braços abertos, alegrando-se conosco. O Salmo 50 nos ajuda a fazer a experiência da misericórdia de Deus, conforme o refrão proposto na liturgia da missa: “Vou agora levantar-me; volto à casa do meu pai”. Procuremos valorizar o sacramento da reconciliação pelo qual recebemos a graça do perdão.
Conforme
a segunda leitura, São Paulo louva a Deus testemunhando a
misericórdia divina em sua vida e missão. No trecho proclamado da carta a Timóteo, ele afirma duas vezes: “encontrei misericórdia” (1Tm 1,13.16). Proclamando que “Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores”, Paulo humildemente se reconhece como “o primeiro deles”. O Livro do Êxodo, na primeira leitura, também testemunha a misericórdia de Deus para com seu povo.
misericórdia divina em sua vida e missão. No trecho proclamado da carta a Timóteo, ele afirma duas vezes: “encontrei misericórdia” (1Tm 1,13.16). Proclamando que “Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores”, Paulo humildemente se reconhece como “o primeiro deles”. O Livro do Êxodo, na primeira leitura, também testemunha a misericórdia de Deus para com seu povo.
Neste
mês especialmente dedicado à Bíblia, procuremos redescobrir e acolher a misericórdia
divina na própria vida, através da leitura e meditação da Palavra de Deus. Sejamos
misericordiosos como o Pai celeste é misericordioso!
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus
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