O Patriarca de Constantinopla foi
recebido ao meio-dia desta terça-feira pelo Papa Francisco. Após o encontro,
acompanhados pelas respectivas delegações, almoçaram juntos na Casa Santa
Marta.
Jackson Erpen - Cidade do Vaticano
A Sala de Imprensa da Santa Sé
comunicou na tarde desta terça-feira, 17, que o Santo Padre recebeu no final da
manhã de hoje o Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I.
“O encontro ocorreu em um ambiente fraterno e foi seguido
pelo almoço conjunto, com as respectivas delegações, na Casa Santa Marta”,
informou o diretor Matteo Bruni.
Antes do
encontro, à convite do secretário do Conselho dos Cardeais, Dom Marcello
Semeraro, o Patriarca fez uma breve saudação aos membros do Conselho dos
Cardeais, enfatizando a eles o valor da sinodalidade na Igreja Ortodoxa e
assegurou a sua oração.
A última vez que os
dois líderes haviam se encontrado foi na cidade italiana de Bari em 7 de julho
de 2018, no dia especial de
oração e reflexão pela paz no Oriente Médio, que reuniu
patriarcas e líderes cristãos do Oriente Médio.
Mas a troca de
mensagens e presentes ocorreu algumas vezes desde então, como o significativo
gesto do Papa Francisco de presentear Bartolomeu I com algumas relíquias do
Apóstolo São Pedro, em 29 de junho de 2019, entregues à delegação do
Patriarcado Ecumênico, presente em Roma para a Solenidade dos Santos Pedro e
Paulo.
Já na carta enviada
à Bartolomeu I há poucos dias, o Pontífice havia afirmado que a paz nasce da
oração, e que sentiu "que teria tido um significado importante que alguns
fragmentos das relíquias do apóstolo Pedro fossem colocados ao lado das relíquias
do apóstolo André, que é venerado como padroeiro celeste da Igreja de
Constantinopla”.
O Patriarca
Ecumênico, por sua vez, em entrevista concedida à Andrea Tornielli às vésperas
de sua viagem a Roma, disse ter ficado surpreso ao ter sido presentado pelo
“nosso irmão Papa Francisco, “com tal tesouro”. “Nem mesmo a delegação do
Patriarcado Ecumênico que estava em Roma para a festa patronal de nossa Igreja
irmã esperava isso", assegurou Bartolomeu. "Geralmente esse tipo de
evento é objeto de discussões protocolares. Não foi assim desta vez. Apreciamos
com toda sinceridade este presente, que é a manifestação de uma espontaneidade,
um sinal do verdadeiro amor fraterno que hoje une católicos e ortodoxos".
Bartolomeu I também
falou na entrevista sobre três significados ecumênicos de tal gesto, entre
eles, “o vínculo de fraternidade que une São Pedro e Santo André, padroeiro do
Patriarcado Ecumênico” e a “busca da unidade e da comunhão”.
Vatican News
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