Pedro, Lino e Clemente. papas
Por
Jaime Francisco de Moura
Sabemos pela Bíblia, pela
História e pela Tradição que o Primado da Igreja, foi dado a Pedro, não como
privilégio pessoal, mas para o bem e para a unidade da Igreja.
Jesus Cristo fundou uma Igreja visível (Mateus
16,18), que deveria durar até o fim do mundo,
necessariamente tinha que nomear um chefe, com sucessão, para perpetuar a mesma
autoridade: “Quem vos ouve, a mim ouve; quem vos despreza,
a mim despreza,; e quem me despreza, despreza aquele que me enviou “ (Lucas 10,16). Se
assim não fosse, Cristo não poderia dizer: “Eis que estou convosco todos
os dias até o fim do mundo”; deveria ter dito que estaria
apenas com Pedro até o fim de sua vida. Dessa forma, cumpre-se o que manda a
Bíblia: “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo” (Efésios
4,5)
E Jesus diz ainda: “É me dado todo poder no Céu e
na terra; ide pois, e ensinai a todos os povos e eis que estou convosco todos
os dias até a consumação do mundo” (Mateus 28,19-20).
Cristo não
poderia transmitir esse poder somente aos Apóstolos, pois eles deviam morrer um
dia, e se ele promete estar com os Apóstolos até o fim do mundo, é claro que
ele não está se dirigindo aos Apóstolos como pessoas físicas, mas como um corpo
moral e visível, que deve perpetuar-se nos seus sucessores, e hão de durar até
o fim dos tempos.
Essa sucessão dos Apóstolos é também confirmada na própria
Bíblia, confira: “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho,
sobre que o Espírito Santo vos constituiu Bispos, para apascentardes a Igreja
de Deus a qual santificou pelo seu próprio sangue” (Atos
20,28). “Em cada igreja instituíram
anciãos e, após orações com jejuns, encomendaram-nos ao Senhor, em quem tinham
confiado” (At 14,23). “Nas
cidades pelas quais passavam, ensinavam que observassem as decisões que haviam
sido tomadas pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém. Assim as igrejas eram
confirmadas na fé, e cresciam em número dia a dia” (At 16, 4-5).
Além da Bíblia, a História nos relata uma sucessão ininterrupta
dos sucessores até nossos dias. Destacamos uma obra de grande valor, “Contra
as Heresias” de Irineu de Lião, escrita por volta de 180 d.C.
que testemunha a lista dos Papas até aquela época, e a obra “Líber
Pontificalis” escrito no século VI onde é mencionado os nomes:
Pedro, Lino, Anacleto, Clemente I, Evaristo, Alexandre I, Sisto I, Telésforo,
etc.
Não
podemos esquecer que certos nomes mencionados nesses documentos estão também
narrados no Novo Testamento. É o caso de Lino citado
em (2 Timóteo 4,21), o
primeiro sucessor de Pedro.
Outro
nome mencionado no Novo Testamento é o de São Clemente, quarto sucessor, onde
conheceu Pedro pessoalmente em Roma, pontificando entre os anos 92 e 101. São
Clemente é citado por São Paulo em (Filipenses.
4,3). Durante o seu governo, surgiu, na distante igreja de
Corinto, uma dissensão interna, que culminou na deposição irregular dos
presbíteros consagrados. Informado dos fatos, Clemente resolveu intervir, onde
exortava com autoridade, os fiéis daquela comunidade a se manterem unidos na fé
e na caridade. Sobre essa carta, Eusébio nos informa que “foi
lida para benefício comum na maioria das igrejas, tanto
em tempos antigos como em nossos dias”.
História
de Lino e Clemente
Lino nasceu em Tuscia,
na Itália, no ano 10, Lino foi contemporâneo de
Jesus Cristo e foi um de seus seguidores. Durante sua vida foi
identificado pela realização de milagres e curas. Curiosamente, Lino teria
salvo a filha de um magistrado romano que estaria possuída pelo demônio. Foi
escolhido pelo próprio são Pedro para suceder-lhe. Foi por isso seu direto
colaborador e a estima de que gozou na comunidade romana foi muito grande.
Clemente nasceu em Roma no
ano 35. Era filho de uma família hebraica e foi um dos primeiros a receber o
batismo de São Pedro, do qual seria, inclusive, discípulo. Clemente foi eleito
Sumo Pontífice no ano 88. O Papa Clemente restabeleceu
a Crisma de acordo com o rito de Pedro, o primeiro papa e seu mestre. Foi
também Clemente que iniciou a tradição religiosa do uso da palavra Amém em
celebrações. Atribui-se a este papa muitos dos hábitos que são praticados até
hoje pelos fieis, ou seja, cerca de dois mil anos depois de seu papado.
O
Papa Clemente foi um grande defensor da primazia da Igreja de Roma,
afirmando que esta e o bispo de Roma, ou seja, o papa, que são os detentores
das revelações divinas e que possuem a autoridade necessária para comandar os
cristãos.
Como os protestantes
gostam de provas somente vindo da Bíblia, está aí as passagens confirmando o
nome de alguns.
Veritatis Splendor
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