A mais jovem Doutora da Igreja, falecida aos 24
anos, é também Padroeira das Missões sem jamais ter saído do convento para
pregar
O Papa Pio XI a beatificou
em 29 de abril de 1923 e a canonizou em 17 de maio de 1925. Fazia menos de 30
anos que essa grande jovem santa havia morrido, em 30 de setembro de 1897, com
apenas 24 anos. Um ano depois da sua partida, foi publicado um dos livros de
espiritualidade mais lidos e amados do catolicismo: “História de uma alma“,
baseado em seus escritos sobre a sua experiência do amor infinito de
Jesus e por Jesus.
Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, ou Santa Teresa de Lisieux, como
também é conhecida por causa da cidade francesa em que nasceu, ainda seria
proclamada nada menos que Doutora da Igreja pelo Papa São João
Paulo II, em 19 de outubro de 1997, e, mesmo tendo sido carmelita descalça e,
portanto, sem jamais ter saído do convento para pregar, ela é também Padroeira
das Missões: afinal, a torrente de graças que Deus concede ao mundo para a
conversão das almas mediante a sua intercessão é extraordinária.
Na homilia da canonização, da qual se celebraram
ontem os 95 anos, o Papa Pio XI declarou:
“O Espírito de
verdade lhe comunicou e manifestou o que coube esconder ‘aos sábios e
entendidos’ e revelar ‘aos pequeninos’. Ela, segundo o testemunho do nosso
Predecessor, foi dotada de tal ciência das coisas celestes a ponto de indicar
aos outros a via correta da salvação. E esta participação abundante na divina
luz e na divina graça acendeu em Teresa um incêndio tão grande de caridade que,
portando-a continuamente quase fora do corpo, por fim, a consumou, de modo que,
pouco antes de deixar a vida, pôde candidamente declarar que ‘não havia dado a
Deus nada mais do que amor’”.
Por
sua vez, São João Paulo II enfatizou ao
proclamá-la Doutora da Igreja:
“Entre os ‘Doutores da Igreja’, Teresa do Menino Jesus e da Santa
Face é a mais jovem, mas o seu ardente itinerário espiritual demonstra muita
maturidade e as intuições da fé expressas nos seus escritos são tão vastas e
profundas que a tornam digna de ser posta entre os grandes mestres espirituais.
O desejo que Teresa exprimiu de ‘passar o seu Céu fazendo o bem sobre a terra’
continua a realizar-se de modo maravilhoso. Obrigado, ó Pai, porque hoje a
tornais próxima de nós a novo título, para louvor e glória do Vosso nome nos
séculos”.
O Papa
Francisco canonizou os pais de Santa Teresinha em 18 de
outubro de 2015, em Roma, durante o Sínodo da Família: São
Luis Martin e Santa Zélia Guérin.
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