Hildebrando
foi eleito Papa, em 1073, com o nome de Gregório VII. Viveu em uma época
difícil para a Igreja. As tensões com o imperador Henrique IV, que queria gerir
as nomeações episcopais, desembocaram na excomunhão do monarca, que depois
pediu perdão. Paulo V o proclamou Santo em 1606.
Papa (1020-1085) nascido em Soana, perto de Siena, nos Estados
Pontifícios, um dos papas mais notáveis da Idade Média e um dos vultos mais
eminentes da História.
De
origem humilde, filho do carpinteiro Bonizone, estudou em Roma, primeiramente
no mosteiro de Santa Maria, Aventino, onde um de seus professores e protetor
era o seu tio, o abade João Graciano e futuro papa Gregório VI, e mais tarde no
palácio Lateranense.
Esteve
em Cluny e se deixou guiar pelo espírito beneditino desse mosteiro. Até ser
eleito pontífice, cinco papas tiveram-no por precioso auxiliar; e os cardeais e
o imperador não elegiam pontífice sem sua opinião. Cônscio de sua
responsabilidade e de seu caráter, recusou firmemente sua elevação antecipada.
Após
o tio tornar-se papa o tomou a seu serviço e, quando o pontífice foi deposto
pelo imperador Henrique III (1046), acompanhou-o no desterro em Colônia. Com a
morte de Gregório VI e a ascensão do papa Leão IX, foi chamado a Roma para
colaborar numa reforma religiosa.
Exerceu
então grande influência sobre os pontífices que se sucederam até que foi
nomeado cardeal de Roma (1049) pelo papa Alexandre II. Com a morte do pontífice
(1073), o povo o aclamou sucessor, escolha referendada pelos cardeais, que o
ordenaram sacerdote e consagrado bispo, pois era só diácono.
Como papa, adotou o nome de Gregório VII, em memória e
agradecimento ao tio, e dedicou-se inteiramente a continuar a reforma moral do
clero, iniciada por seus antecessores, afirmando o império universal da lei de
Cristo e combatendo os maus soberanos.
Tratou
com todos os príncipes de seu tempo, impediu que a Igreja se feudalizasse e
sonhou uma Liga Cristã, que libertasse a Palestina. Seu papado notabilizou-se
tanto pelas reformas que implantou nas instituições eclesiásticas como por ter
reforçado a autoridade da igreja em relação aos poderes temporais, administrou
profundas e até violentas divergências religiosas e políticas com os
germânicos.
Combateu
a venda de benefícios eclesiásticos e o matrimônio ou concubinato dos clérigos.
Com a proibição da concessão de bispados a leigos, sob pena de excomunhão
(1075), o imperador Henrique IV da Alemanha, insistia em nomear bispos, questão
das investiduras, e liderou a resistência a essa resolução.
Excomungado
pelo papa (1076) e ameaçado de deposição, atravessou os Alpes num duro inverno,
correu ao castelo de Conossa, onde o papa se refugiara, e implorou um perdão
que o salvou de seus duques revoltados. Porém traindo a confiança do papa,
moveu depois guerra implacável contra o pontífice e à valente Condessa Matilde
de Conossa, que impedia a passagem às tropas imperiais, e poucos anos mais
tarde entrou com suas tropas em Roma e nomeou um antipapa, Guiberto de Ravena,
com o nome de Clemente III, pelo qual foi sagrado imperador.
O
papa foi obrigado a se refugiar no Castelo Santo Ângelo, onde se defendeu até
ser libertado por Roberto Guiscardo (1084) e fugir para Salerno, onde morreu
exilado. Foi canonizado por Paulo V (1606) e seu dia é 25 de maio.
Fonte:
www.dec.ufcg.edu.br
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