Canção Nova |
A conversão da Santa Rússia é uma condição imprescindível exigida por Nossa Senhora em Fátima para o triunfo do seu imaculado coração , o papa tem feito um enorme esforço para atender ao apelo de Nossa Senhora em Fátima , mas infelizmente a Rússia , através do Patriarca Alexis I , não aceita uma composição como a Igreja Católica.
Quais forças existem no Patriarcado de Moscou que o movem no sentido contrário ao de uma acordo com a Igreja de Roma ?
Eles alegam que a Igreja da Ucrânia fiel à Roma está roubando templos , bens e fiéis da Igreja ortodoxa.
Sabemos que Alexis de I colaborou com o governo comunista , seria esse o obstáculo ao trinufo final do coração de Maria ?
O comunismo acabou como profetizado na Rússia logo no início da década de 1990 e nos países do Leste também , mas a consagração final falta ser realizada !
Vejam um histórico das consagrações da Rússia ao imaculado coração de Maria .
Prof Everton Jobim de Antropologia das religiões ,
Antropologia das Religiões
Roma locuta causa finita est
A Rússia e a sua consagração ao Imaculado Coração de Maria
A consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria feita pelo Papa João Paulo II em 25 de Março de 1984, como, aliás, os diversos actos de consagração repetidos ao longo da história de Fátima, está particularmente relacionado com as referências da «mensagem de Fátima» à conversão da Rússia. 1. Em 13 de Julho de 1917 e durante a 3ª Aparição, Nossa Senhora disse aos videntes:
“Para a impedir [a II Guerra Mundial], virei pedir a consagração da Rússia a Meu Imaculado Coração… Se atenderam a Meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim o Meu Imaculado Coração Triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao Mundo algum tempo de paz”.
2. Cerca de 12 anos depois, na noite de 13 para 14 de Junho de 1929, estando Lúcia, já Irmã Doroteia, sózinha na Capela do Convento de Tuy em adoração e como única luz a lâmpada do SS. Sacramento, teve a visão do Mistério da SSª.Trindade e recebeu luzes sobre esse Mistério que, como relatou, não lhe é permitido revelar e, ao mesmo tempo, a visão da SSª.Virgem (era Nossa Senhora de Fátima com o seu Imaculado Coração na mão esquerda, sem espada nem rosas, mas com uma coroa de espinhos e chamas). E Nossa Senhora disse-lhe: “É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do Mundo, a consagração da Rússia, ao Meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la por este meio…”
3. Em Maio e Junho de 1930, em 2 cartas escritas no Convento de Tuy, disse a Ir.Lúcia: “O Bom Deus prometeu terminar a perseguição na Rússia se o Santo Padre se dignar fazer e mandar que o façam igualmente os Bispos do Mundo Católico, um solene e público acto de reparação e consagração da Rússia aos Santíssimos Corações de Jesus e Maria; prometendo Sua Santidade, mediante o fim desta perseguição, aprovar e recomendar a prática da já indicada devoção reparadora”.
4. Em carta escrita em Pontevedra em 21 de Janeiro de 1935, refere a vidente: “Quanto à Rússia, parece-me que dará muito gosto a Nosso Senhor, trabalhando para que o Santo Padre realize os seus desejos”.
5. Também de Pontevedra, e em carta de 18 de Maio de 1936, escreve a Irmã Lúcia: “…parece-me que, se o Santo Padre agora a fizesse [Consagração da Rússia], Nosso Senhor a aceitava e cumpria a Sua promessa. E, sem dúvida, seria um gosto que dava a Nosso Senhor e ao Imaculado Coração de Maria…”. “…há pouco perguntava-lhe [a Nossa Senhora] porque não convertia a Rússia sem que Sua Santidade fizesse essa Consagração? Porque quero que toda a Minha Igreja reconheça essa consagração como um triunfo do Coração Imaculado de Maria, para depois estender o seu culto e pôr, ao lado da devoção ao Meu Divino Coração, a devoção deste Imaculado Coração… Ele [o Santo Padre] há-de fazê-la [a consagração da Rússia], mas tarde; no entanto o Imaculado Coração de Maria há-de salvar a Rússia, está-lhe confiada”.
6. Numa carta escrita em Tuy com data de 21 de Janeiro de 1940, a vidente escreveu: “…Tenho pena que, apesar da moção do Espírito Santo, se tenha assim deixado passar [a consagração da Rússia]. Nosso Senhor também se queixa disso. Por esse acto, Ele teria aplacado a sua justiça e perdoado ao Mundo o flagelo da guerra que desde a Espanha a Rússia vai promovendo pelas Nações… É, pois vontade de Deus que se renove o pedido junto da Santa Sé…”
7. Mais tarde, em 24 de Abril de 1940, em nova carta de Tuy, acrescenta: “Ele (o nosso bom Deus), se quiser, pode fazer que a causa ande depressa. Mas, para castigo do Mundo, deixará que vá devagar…”
8. Em 15 de Julho de 1940 refere ainda: “Quanto à consagração da Rússia não se fez no mês de Maio, como esperava. Há-de fazer-se, mas não já; Deus permitiu-o agora assim…”
9. Um mês depois, em 18 de Agosto de 1940, em nova carta escrita em Tuy, disse a Irmã Lúcia: “…Suponho que é do agrado de Nosso Senhor que haja quem se vá interessando, mas o Santo padre não fará já… A prova que [Deus] nos concede é a protecção especial do Imaculado coração de Maria sobre Portugal em vista da Consagração que lhe fizeram [os nossos prelados]”.
10. Da carta que a Ir. Lúcia escreveu em 24 de Outubro de 1940 a Sua Santidade o Papa Pio XII, da cidade de Tuy, transcreve-se as seguintes passagens: “Santíssimo Padre! Venho renovar um pedido que foi já levado várias vezes junto de Vossa Santidade e antes junto de Sua Santidade Pio XI, que se dignaram recebê-lo com suma benevolência. O pedido, Santíssimo Padre, não é Meu; é da Nossa Boa Mãe do Céu e de Nosso Senhor (Consagração da Rússia)… o nosso Bom Deus, em várias comunicações últimas não tem cessado de insistir neste pedido… consagrar o Mundo ao Imaculado Coração de Maria, com menção especial pela Rússia… Santíssimo Padre! …Nosso Senhor promete, em atenção à Consagração que os Exmos. Prelados portugueses fizeram ao Imaculado Coração de Maria, uma protecção especial à nossa pequenina Nação e que esta protecção será a prova das graças que concederia às nações se, como esta, se lhe tivessem consagrado…”
11. Em 31 de Outubro de 1942, o Papa Pio XII fez a Consagração do mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria, com menção especial da Rússia, tendo renovado essa Consagração em 8 de Dezembro do mesmo ano.
12. Numa carta escrita em Tuy em 4 de Maio de 1943, refere a vidente: “O Bom Deus promete o fim da guerra para breve, em atenção ao acto que se dignou fazer Sua Santidade, mas como ele foi incompleto, fica a conversão da Rússia para mais adiante…”
13. Em 7 de Julho de 1952 e na Festa dos Santos Cirilo e Metódio – Apóstolos do povo eslavo – o Papa Pio XII fez de novo e de modo mais explicito, a consagração de todo o género humano a Nossa Senhora e ao seu Coração de Maria.
14. Em 31 de Maio de 1954, ao instituir a Festa da Realeza Universal de Maria, o referido Santo Padre ordenou que se renovasse em cada ano a Consagração de todo o género humano a Nossa senhora e ao seu Coração Imaculado.
15. Em 21 de Novembro de 1964 e no termo da 3ª Sessão do Concilio Vaticano II, o Papa Paulo VI fez a Consagração do Mundo ao Imaculado coração de Maria, na presença dos Padres Conciliares.
16. Menos de 3 anos depois, na Exortação Pastoral “Signum Magnum”, datada de 13 de Maio de 1967, Paulo VI, recordando as consagrações feitas por Pio XII, exorta os filhos da Igreja a renovar pessoalmente a sua própria consagração ao Coração Imaculado de Maria, Mãe da Igreja.
17. Por sua vez, João Paulo II, em 7 de Junho de 1981, aproveitando as comemorações universais dos Concílios de Constantinopla I (381) e de Éfeso (431) – embora retido na Clínica da Roma em virtude do atentado que sofrera em 13 de Maio anterior – consagra e confia à Mãe dos homens e dos povos a inteira família humana, para que a tome sob sua protecção materna. Seis meses depois, em 8 de Dezembro de 1981, repete pessoalmente e de viva voz, a consagração anterior, suplicando que a Santíssima Virgem acolha no Coração o seu apelo e abrace os povos que mais esperam esse abraço e cuja consagração Ela também espera de modo particular.
18. Entretanto chegaram ao Vaticano pedidos de várias Conferências Episcopais e também de bispos para que o Papa consagrasse o Mundo e a Rússia ao Imaculado Coração de Maria e, por isso, certamente depois de um profundo estudo de todo o assunto, João Paulo II deliberou escrever uma carta, em 20 de Abril de 1982, a todos os bispos do mundo católico – assinada pelo Secretário de Estado – avisando-os de que renovaria as consagrações de Pio XII e de Paulo VI, pedindo a união espiritual com todos os bispos e recomendando às suas orações a peregrinação do Papa a Fátima.
19. Em 13 de Maio de 1982, no belo enquadramento do vasto recinto do Santuário repleto de peregrinos, João Paulo II, ajoelhado em frente da Imagem de Nossa Senhora, profere o empolgante Acto de Consagração, unido a todos os Pastores da Igreja, que se pode resumir nas seguintes palavras pronunciadas pelo Santo Padre: “Confiando-Vos, ó Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos, especialmente aqueles… (aqui o Papa fez uma pausa de 5 segundos), nós vos confiamos também a própria consagração em favor do mundo, depositando-a no Vosso Coração materno”.
20. No dia 16 de Outubro de 1983, esta mesma Consagração foi repetida por João Paulo II na Praça de S. Pedro, na presença de vários Cardeais e bispos, durante a alocução do “Angelus”.
21. Em 8 de Dezembro de 1983, dada a premência e o melindre da questão, o Santo Padre envia nova carta a todos os bispo pedindo que, no Ano Santo da Redenção, renovassem em união com ele, a Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria, indicando como data mais conveniente, a solenidade da Anunciação do Senhora, em 1984.
22. Para o efeito, e a pedido de João Paulo II, foi levada ao Vaticano a Imagem de Nossa Senhora que se venera na Capelinha das Aparições do Santuário de Fátima, em frente da qual, na moldura imponente da Praça de S. Pedro, o Papa profere em 25 de Março de 1984 novo Acto de Consagração, em tudo semelhante ao de 13 de Maio de 1982, em Fátima.
23. Sobre a validade, ou não, desta Consagração feita pelo Santo Padre em união com todos os bispos do mundo, o Sr. D. Alberto Cosme do Amaral, bispo de Leiria-Fátima, na sua Palavra Final no encerramento da Peregrinação Aniversária em 13 de Maio de 1990, fez o seguinte pedido aos muitos milhares de peregrinos presentes no recinto do Santuário de Fátima:
“Tudo nos leva a pensar que a Consagração solicitada por Nossa Senhora está feita. Não importunaremos mais o Santo Padre, que fez tudo o que lhe foi possível fazer. E é lícito pensar que tudo o que, surpreendentemente, tem acontecido no Leste-Oriental e Centro-Oriental da Europa – liberdade religiosa reconhecida pelos governantes, instituição da sagrada hierarquia, respeito pelos direitos fundamentais da pessoa humana – se pode atribuir à intervenção de Nossa Senhora, Mãe solícita de todos os homens e de todos os povos”.
Veritatis Splendor
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