A menina catarinense é chamada de “Santa Maria
Goretti brasileira” por ter resistido a uma tentativa de estupro: ela foi morta
defendendo sua pureza
Está prestes a estrear mais um filme que
promete inspirar famílias e jovens: “Albertina”, da Boanova
Films, de Luiz Fernando F. Machado, Fernando Keller e Chico Caprario.
Trata-se da história da jovem Albertina
Berkenbrock, beatificada em 2007 pelo Papa Bento XVI e
hoje em processo de canonização.
A menina catarinense foi martirizada aos 12
anos de idade por defender a sua virgindade durante
uma covarde tentativa de estupro, e, pela semelhança entre as suas histórias, é
chamada por muitos de “a Maria Goretti brasileira”,
em referência à jovem santa italiana que sofreu o martírio pelo mesmo
propósito.
O
filme, do qual participam parentes diretos de Albertina, tem previsão de estreia
em 11 de junho, dia de Corpus Christi.
Uma história real
Albertina
nasceu em 11 de abril de 1919 em Imaruí, SC. Filha de imigrantes alemães
que construíam a vida na nova pátria como agricultores, ela recebeu desde cedo
a formação católica e aprendeu ainda pequena as orações, que fazia com alegria.
Participava ativamente da vida religiosa da comunidade e se preparava com
entusiasmo para receber a Primeira Comunhão. Albertina dizia que aquele
seria o dia mais belo de sua vida.
Confessava-se
com frequência e comungava sempre. Além de gostar muito de falar da Eucaristia,
cultivava especial devoção a Nossa Senhora, rezando o rosário com fervor.
Também era devota do padroeiro da comunidade, São Luís, que, providencialmente,
é considerado modelo de juventude vivida na pureza do corpo e da alma.
Foi no dia 15 de junho de 1931 que Albertina, aos 12 anos, deu o
seu grande testemunho, perdendo a vida para preservar a sua pureza espiritual e
corporal.
A violência
Naquele
dia, obedecendo a um pedido de seu pai, a menina foi procurar um boi que tinha
se perdido. No caminho, encontrou seu malfeitor: um homem chamado Idalício
Cipriano Martins, que, por alguma razão, também usava o nome de Manuel Martins
da Silva. Apelidado de “Maneco Palhoça”, ele já tinha chegado a ajudar a
família nos trabalhos do campo. Quando a jovem lhe perguntou se tinha visto o
animal que procurava, o homem lhe deu uma pista falsa e a mandou para o local
em que tentou violentá-la.
Albertina
resistiu bravamente e não cedeu.
O martírio
Derrubada
ao chão, ela cobriu-se o máximo que pôde com seu vestido. Sem conseguir
derrotá-la, Maneco lhe afundou um canivete no pescoço, degolando-a. Conforme
ressalta o site dedicado à beata, nesse momento o “seu corpo está manchado de
sangue; sua pureza e virgindade, porém, estão intactas”.
O
assassino ainda escondeu o canivete e foi avisar aos familiares da menina que
ela tinha sido morta, afirmando que outro indivíduo era o culpado: um homem
chamado João Cândido, que chegou a ser preso, injustamente acusado.
Maneco,
entretanto, não conseguiu esconder o seu crime por muito tempo. Consta que o
assassino não parava de ir e vir dentro da sala do velório, nervoso, e, ao
aproximar-se do caixão, a ferida no pescoço de Albertina começou a sangrar
novamente.
Foi
quando o prefeito da cidade mandou soltar João Cândido e, com ele, pegou um
crucifixo na capela. Os dois seguiram até o velório. Quando a cruz foi colocada
sobre o peito da mártir, João se ajoelhou e, com as mãos no crucifixo, jurou
inocência. Naquele momento, conforme os relatos, a ferida parou de sangrar.
A
essa altura, Maneco Palhoça tinha fugido, mas foi preso posteriormente. Ele
confessou o crime e testemunhou que Albertina não havia cedido às suas pressões
porque ela não queria pecar.
A
fama de Albertina começou a circular rapidamente entre a população local, que
conhecia a jovem, a sua educação cristã, o seu amor pela família e pelo próximo
e o seu bom comportamento, piedade e caridade.
Albertina Berkenbrock foi proclamada
Bem-Aventurada em 20 de outubro de 2007 pelo Papa Bento XVI.
Fonte: Aleteia Brasil
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