Santíssima Trindade |
A
Solenidade que hoje celebramos não é um convite a decifrar o mistério que se
esconde por detrás de “um Deus em três pessoas”; mas é um convite a contemplar
o Deus que é amor, que é família.
Dom Eurico dos Santos Veloso
- Arcebispo Emérito de Juiz de Fora, MG
A Solenidade da Santíssima Trindade,
Deus que é comunidade de amor. Deixemo-nos envolver por este mistério e
manifestemos ao Senhor a nossa fé, a qual é alimentada por sua graça eficaz. A
Solenidade que hoje celebramos não é um convite a decifrar o mistério que se
esconde por detrás de “um Deus em três pessoas”; mas é um convite a contemplar
o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para
os fazer comungar nesse mistério de amor.
Na primeira leitura(cf. Ex
34,4b-6.8-9), o Deus da comunhão e da aliança, apostado em estabelecer laços
familiares com o homem, auto-apresenta-Se: Ele é clemente e compassivo, lento
para a ira e rico de misericórdia. A primeira leitura revela que Deus é Pai
misericordioso, paciente, não age com precipitação, sabe esperar, dá sempre um
prazo esperançoso a cada um de nós para nossa conversão, é rico em bondade,
nunca se irrita conosco, tolera nossas misérias, dá coragem e força para
enfrentarmos os desafios do dia a dia e jamais não abandona, por pior que seja
o pecado que tenhamos cometido, está sempre disposto a perdoar diante de um
arrependimento sincero. Deus é sempre fiel e trata-nos como filhas e filhos muito
amados.
Na segunda leitura(cf. 2Cor
13,11-13), São Paulo expressa - através da fórmula litúrgica “a graça do Senhor
Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco” -
a realidade de um Deus que é comunhão, que é família e que pretende atrair os
homens para essa dinâmica de amor. A segunda leitura continua revelando quão
amoroso é nosso Deus. Quando o ser humano dispensou Deus de sua vida pensando
que poderia subsistir sozinho, distanciou-se dele, fugiu de sua intimidade,
rejeitou sua amizade, tornou-se indiferente a Deus e, como consequência,
perdeu-se totalmente, vendo-se sem esperança de salvação. Mas Deus mostrou que
sempre esteve próximo e, para resgatar o homem, saiu ao seu encontro por Jesus
Cristo, seu Filho, para lhe oferecer amizade, amor, comunhão e salvação.
Vatican News
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