SS. Zacarias e Isabel (© BAV, Vat. gr. 1162, f. 159r) |
“No tempo de Herodes, rei da Judeia,
havia um sacerdote chamado Zacarias, que pertencia à classe sacerdotal de
Abias; Isabel, sua mulher, também era descendente de Arão. Ambos eram justos
aos olhos de Deus, obedecendo, de modo irrepreensível, todos os mandamentos e
preceitos do Senhor. Mas, eles não tinham filhos, porque Isabel era estéril e
ambos tinham idade avançada” (Lc
1, 5-7).
Hoje, a Liturgia celebra a festa de
um casal de Santos, o primeiro, depois de Maria e José, do qual falam as
Escrituras. O Evangelho de Lucas começa, exatamente, com a história destes dois
esposos, que eram justos diante de Deus, fiéis e observantes. Porém, tinham um
espinho no coração por não poder conceber um filho. Naquela época, a
esterilidade também era uma causa de marginalização.
Mutismo,
entre sinal e castigo
A história de Zacarias e Isabel
ensina-nos que jamais devemos perder a esperança, porque "nada é
impossível para Deus".
Zacarias era um sacerdote da oitava classe, ou seja, a de Abias, uma das 24 estabelecidas por Davi, que regulamentavam os turnos semanais de serviço no Templo. Casou-se com Isabel, que também era descendente de uma família sacerdotal, e se estabeleceu em Ain Karin. Seu matrimônio não foi agraciado pelo nascimento de um filho, sobretudo, em um tempo em que a esterilidade era motivo de marginalização. No entanto, a união do casal era sólida: ambos se amavam e viviam uma vida de retidão.
Certo dia, enquanto Zacarias estava no Templo, recebeu a visita do arcanjo Gabriel, que lhe preanunciava a gravidez da sua esposa. No entanto, embora fosse um homem piedoso, pediu, ao mensageiro de Deus, uma prova. Por isso, ele ficou mudo até o oitavo dia do nascimento do filho, quando a criança devia ser circuncidada: a sua língua se soltou para confirmar que o nome dele seria João.
Zacarias era um sacerdote da oitava classe, ou seja, a de Abias, uma das 24 estabelecidas por Davi, que regulamentavam os turnos semanais de serviço no Templo. Casou-se com Isabel, que também era descendente de uma família sacerdotal, e se estabeleceu em Ain Karin. Seu matrimônio não foi agraciado pelo nascimento de um filho, sobretudo, em um tempo em que a esterilidade era motivo de marginalização. No entanto, a união do casal era sólida: ambos se amavam e viviam uma vida de retidão.
Certo dia, enquanto Zacarias estava no Templo, recebeu a visita do arcanjo Gabriel, que lhe preanunciava a gravidez da sua esposa. No entanto, embora fosse um homem piedoso, pediu, ao mensageiro de Deus, uma prova. Por isso, ele ficou mudo até o oitavo dia do nascimento do filho, quando a criança devia ser circuncidada: a sua língua se soltou para confirmar que o nome dele seria João.
Um
casal tocado pela Graça
Se um amor for verdadeiro,
desenvolve-se e produz frutos com o tempo: a semente torna-se uma grande
árvore! Por isso, o evangelista Lucas inicia a sua narração, falando deste
casal tocado pela Graça procriadora de Deus. Desta forma, quis demonstrar que o
Senhor faz maravilhas na vida de quem confia Nele, que sabe esperar e aguarda o
tempo da sua intervenção.
Estes dois grandes Santos ensinam-nos também que um coração, que realmente ama, experimenta o poder do Senhor, não baseado em seus próprios projetos, mas na Sua vontade, que sempre é soberana e na qual devemos confiar com fé incondicional.
Estes dois grandes Santos ensinam-nos também que um coração, que realmente ama, experimenta o poder do Senhor, não baseado em seus próprios projetos, mas na Sua vontade, que sempre é soberana e na qual devemos confiar com fé incondicional.
Traziam
no ventre a história da salvação
Logo, o papel de Isabel, contra toda
e qualquer previsão, era ser a mãe daquele que estava destinado a preparar o
caminho de Jesus: João Batista. Isabel sentia, dentro de si, esta graça, como
ainda a vida, que crescia em seu ventre: esta vida exultou, dentro dela, pela
visita inesperada da sua prima Maria. A Virgem também havia recebido o anúncio
do Anjo, ao qual disse sim, imediatamente, porque, do mesmo modo, estava cheia
de graça. Eis o encontro de duas mulheres, que traziam no ventre a história da
salvação.
“Benedictus”
Quando Zacarias voltou a falar, com o
nascimento de seu filho João, pronunciava palavras de louvores a Deus: o
“Benedictus”, também conhecido como Cântico de Zacarias, com o qual agradecia a
Deus pelo acontecimento prodigioso: "Bendito seja o Senhor, Deus de
Israel, porque visitou e redimiu seu povo; fez nascer por nós um poderoso
Salvador, na casa de Davi, seu servo, como havia anunciado pela boca de seus
Santos e profetas, desde o início dos tempos...".
Após essas palavras de Zacarias e Isabel, não foi dito mais nada nos Evangelhos. De fato, não havia necessidade de dizer mais nada para quem sabia que, o verdadeiro sentido da vida consiste em viver de misericórdia!
Após essas palavras de Zacarias e Isabel, não foi dito mais nada nos Evangelhos. De fato, não havia necessidade de dizer mais nada para quem sabia que, o verdadeiro sentido da vida consiste em viver de misericórdia!
Vatican News
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