Miguel MEDINA/AFP |
Apesar de todo o seu poder, a inércia não é a maior força do universo. Nosso livre-arbítrio é mais forte. Por isso, precisamos vencer a inércia e voltarmos – com segurança – à Missa
Muitas paróquias estão, gradualmente, retomando as Missas com a presença dos fiéis. Mas muitos católicos não querem, por enquanto, retornar às igrejas (e não deveriam ser julgados por isso).
Todos deveriam compreender quão variadas são as circunstâncias das pessoas com familiares em grupos de risco, restrições de viagem, confusão sobre como se inscrever ou se poderão realmente participar da Missa por causa do número reduzido de fiéis.
Todos deveriam compreender quão variadas são as circunstâncias das pessoas com familiares em grupos de risco, restrições de viagem, confusão sobre como se inscrever ou se poderão realmente participar da Missa por causa do número reduzido de fiéis.
Porém, penso que precisamos fazer grandes esforços para incentivar as pessoas a voltarem à Missa dominical, porque assim, estaremos enfrentando uma das mais poderosas forças do universo: a lei da inércia.
Os vendedores vêm falando sobre a lei da inércia há anos. Tudo começou com uma maçã caindo na cabeça de Isaac Newton. Ele se perguntou sobre isso, estudou e escreveu suas leis do movimento.
A primeira lei de Newton – a “lei da inércia” – diz que um objeto em repouso permanece em repouso e um objeto em movimento permanece em movimento, a menos que seja acionado por outra força.
Os vendedores sabem disso – e colocam esse princípio em prática. Eles sabem que ninguém quer agir por si só, então fazem com que você sinta que precisa do que eles estão vendendo para manter seu nível de conforto, prazer ou estilo de vida.
Na vida espiritual, temos a lei do hábito, que pode ser virtude ou vício. O Papa Francisco contou a história heróica dos católicos da Tunísia, cujo hábito de participar da Missa levou a um profundo encontro com Cristo. Quando o imperador Diocleciano tentou forçá-los a parar suas reuniões, um deles disse: “Não podemos viver sem o Domingo”. Os mártires de Abitene morreram na Missa.
Todos nós podemos conseguir isso. Como as virtudes “são adquiridas e fortalecidas pela repetição de bons atos morais” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, 378), precisamos apenas continuar fazendo a coisa certa.
Portanto, agora é a hora perfeita para a Igreja convidar fervorosamente as pessoas a voltarem, com segurança, à Missa.
Pense em quão perfeitas são as circunstâncias. A mensagem católica sempre foi: “Vá à Missa porque você precisa da Eucaristia”. Essa é uma mensagem poderosa, mas agora você não precisa ir à Missa. Então, por que você iria?
Volte à Missa porque o mundo está mais assustador do que nunca, e se você conseguiu manter sua paz de espírito sem Deus antes, certamente precisará dele agora, precisará de sua sabedoria, das Escrituras e de sua presença real na Comunhão.
Volte à Missa porque a pandemia varreu todos os ídolos. Tudo o que imaginávamos ser digno de esperança, agora sabemos que não é. Somente Deus traz esperança.
“Volte à Missa mesmo que isso pareça um risco”, diz meu arcebispo (mas viva primeiro a caridade, para si e para os outros). Ele ainda lembra que a Missa se tornou muito segura, mas apontou que os católicos se arriscam a receber Cristo há séculos.
Volte à Missa, mesmo que não queira. Talvez especialmente se você não quiser.
Eu poderia continuar com inúmeras razões para te convencer a volta à Missa de domingo. Mas minha esposa diz que a Igreja agora precisa de uma mensagem simples, como o lema “Just do it” da Nike.
Apesar de todo o seu poderoso poder, a inércia não é, em última análise, a maior força do mundo. Nosso livre-arbítrio é mais forte. Assim como basta dar um tapa em uma maçã para ela cair, você também pode ligar para a secretaria da paróquia para ver como a Missa funciona agora – ou ligar para as pessoas que ainda não viu na Missa, conversar com elas e convidá-las. Diga a elas que você ficará feliz em vê-las novamente na igreja.
Aleteia
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