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domingo, 2 de agosto de 2020

AOS SACERDOTES

50 anos de ordenação sacerdotal do Papa Francisco - Irmãs ...
Papa Francisco //Irmãs Salvatorianas
Em tempos difíceis, nas noites escuras, nas pandemias e nas tempestades da vida, todos nós precisamos do apoio, do incentivo e da oração dos sacerdotes, pois eles são os pais espirituais que Cristo chamou, escolheu, preparou e consagrou para, em Seu Nome, acolher os caídos, visitar os doentes, perdoar os pecadores e aquecer os corações de quem precisa de acolhimento, de perdão e de ternura.
No cotidiano da fé, nós temos que aprender e professar que “dos sacerdotes de Cristo não se deve falar, senão para louvá-los!”. (São Josemaría Escrivá, “Sulco nº 904”). Existem inúmeras razões para louvar os sacerdotes: entre outras, todo sacerdote deve ser louvado, pois, por sua fidelidade, ele é um dispensador da misericórdia divina, o apóstolo da Palavra, o administrador dos mistérios de Deus e uma testemunha credível da caridade de Cristo. Temos que dar contínuas graças ao Senhor Jesus por nos ter possibilitado, na pessoa dos sacerdotes, uma ponte segura entre Ele e cada um de nós.
Desde os primeiros momentos de nossas vidas até nossa entrada na Igreja triunfante, o sacerdote nos acompanha, proclamando e nos ensinando, com dignidade e sabedoria, a doutrina e a Tradição da fé Católica. Por ser um consagrado de Cristo, “o sacerdote é sinal e penhor das realidades sublimes e novas do Reino de Deus, das quais é distribuidor, possuindo-as em si no grau mais perfeito e alimentando a fé e a esperança de todos os cristãos”. (Papa Paulo VI, “Encíclica Celibato sacerdotal, nº 31”).
Por ser um digno representante de Cristo, existem laços visíveis e estreitos entre o sacerdote e o nosso Redentor. Quando temos que definir o perfil de um sacerdote, percebemos que, em sua vida e em suas atitudes, há sempre um contínuo amor pela Verdade, uma ampla entrega aos que sofrem e um corajoso e intrépido anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Como nos ensina Charles de Foucauld: “O sacerdote é um ostensório, seu dever é mostrar Jesus. Ele tem de desaparecer para deixar que só se veja Jesus!”.
Ser sacerdote é ser “conquistado por Cristo Jesus!” (Fl 3,12). Ser sacerdote é saber viver uma vida plena e fecunda a serviço do outro! Ser sacerdote é aderir, sem reservas, a um mistério sublime que conduz ao serviço do Senhor com zelo, com ardor e alicerçado no amor!
Todo sacerdote é um ungido de Cristo que se predispõe a apascentar o rebanho do Altíssimo, sob a direção do Espírito Santo, celebrando, com devoção e entusiasmo, os sacramentos que Cristo nos legou! Ser sacerdote é saber emprestar a Jesus as suas mãos, a sua voz, os seus gestos e a sua própria vida, na celebração dos mistérios de nossa fé! Diante da pessoa do sacerdote, nós somos chamados a reconhecer, junto com o Cura D’Ars – o padroeiro dos padres: “Que coisa tão grande é ser sacerdote! Se o compreendesse totalmente, morreria!”.
O sacerdote é um homem bom que Deus colocou em nossas vidas para nos ensinar a trilhar o caminho da santidade com zelo, determinação e humildade. O sacerdócio é um tesouro precioso da Igreja e, por isso, “a disponibilidade do sacerdote faz da Igreja a Casa de portas abertas, refúgio para os pecadores, lar para aqueles que moram na rua, hospital para os doentes, acampamento para os jovens, sala de catequese para os pequenos da Primeira Comunhão”. (Papa Francisco, Homilia em 17 de abril de 2014).
Que possamos aprender, com o sacerdote que Cristo colocou em nossa Paróquia, em nossa Pastoral e em nosso meio, a colocar Deus no centro de nossas vidas! Peçamos a nosso Redentor a graça de tratar com esmero e cuidado o sacerdote que Ele colocou junto a nós! Digamos, hoje e sempre, aos nossos amigos sacerdotes: Sacerdotes de Cristo, nobres servidores de uma causa sublime, “continuai a progredir sem desfalecimento, na formação cristã e sacerdotal, apostólica e cultural, que a Igreja espera de vós; amai apaixonadamente o Evangelho e os homens a quem sois enviados, segundo o exemplo e a medida do Coração de Cristo!” (Discurso do Papa João Paulo II em 11 de janeiro de 2003).
Sacerdotes de Cristo, nunca se esqueçam de que o coração do sacerdócio consiste em ser amigo de Jesus Cristo! Amigo sacerdote, nosso muito obrigado por você estar sempre disponível para nos ouvir, acolher e orientar, concedendo-nos, pelo seu exemplo, a suave e doce presença de Cristo. Como membros do Povo de Deus, nós damos testemunho da dignidade do mistério de Cristo e de Seu Reino que se realiza em sua alma e em seu coração!
Amigo sacerdote, “obrigado por sua fidelidade aos compromissos assumidos.
Numa sociedade e numa cultura que transformam o volátil em valor, é verdadeiramente significativa a existência de pessoas que apostem e procurem assumir compromissos que exigem toda a vida”. (Papa Francisco, Homilia em 19 de abril de 2014).
Sacerdote de Cristo, direcione o seu olhar para a Virgem Santa Maria, a Mãe da Igreja, e recorra constantemente à sua mediação, para que ela continue intercedendo em favor de seu sacerdócio! Sacerdote de Cristo, como é bom poder ouvir você dizer: “O Senhor deu-me a graça de falar como um discípulo, para que eu saiba dizer uma palavra de alento aos que andam abatidos!” (Is 50,4). Sacerdotes de Cristo, não cessamos de dar graças a Deus por vocês e por todo o bem que vocês realizam. Que nosso Senhor Jesus Cristo os abençoe e a Virgem Santíssima os guarde. Contem sempre com nossas orações!
Aloísio Parreiras

Arquidiocese de Brasília

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF