Courtesy National Gallery of Art, Washington |
Deus nos deu a liberdade para que possamos escolhê-lo livremente e fazer o que é verdadeiro, bom e belo.
No entanto, Deus nos deu liberdade por alguma razão, e este é um dom que precisamos entender para podermos usá-lo corretamente.
O Catecismo da Igreja Católica explica que
“a liberdade é o poder, radicado na razão e na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, praticando assim, por si mesmo, acções deliberadas”(CIC ,1731).
Além disso, todos nós possuímos “a possibilidade de escolher entre o bem e o mal, e portanto, de crescer na perfeição ou de falhar e pecar” (CIC 1732).
Quanto mais fazemos o que é bom, mais livres nos tornamos. Não existe verdadeira liberdade, exceto no serviço do que é bom e justo. A escolha de desobedecer e fazer o mal é um abuso da liberdade e leva à “escravidão do pecado”(CIC 1733).
São João Paulo II repetiu essas palavras durante uma homilia nos Estados Unidos em 1995:
“Certamente, é importante para a América que as verdades morais que tornam a liberdade possível sejam transmitidas a cada nova geração. Cada geração de americanos precisa saber que a liberdade consiste não em fazer o que gostamos, mas em ter o direito de fazer o que devemos.”
Isso é exatamente o que o Catecismo diz:
“O direito ao exercício da liberdade é uma exigência inseparável da dignidade do homem, sobretudo em matéria religiosa e moral. Mas o exercício da liberdade não implica o suposto direito de tudo dizer ou de tudo fazer”(CIC 1747).
A liberdade se expressa melhor em ser virtuoso e escolher Deus. Quanto mais pecamos e nos afastamos de Deus, mais nos tornamos escravos do pecado.
Isso é o que Deus estava tentando ilustrar no Jardim do Éden. Ele deu a Adão e Eva a liberdade de escolher o caminho da vida. No entanto, eles abusaram dessa liberdade e fizeram uma escolha que teve consequências eternas.
Para concluir esta breve meditação sobre a liberdade, pondere as palavras que São João Paulo II proferiu antes de ser eleito papa em uma visita à América em 1976. Ele destacou esses pontos e desafiou a todos nós a usar nossa liberdade com sabedoria, reconhecendo que Deus nos deu esse dom para nosso benefício eterno:
“A liberdade foi dada ao homem pelo seu Criador para ser usada, e para ser bem usada … a liberdade foi dada a ele pelo seu Criador não para cometer o mal (cf. Gl 5,13), mas para fazer o bem. Deus também concedeu ao homem compreensão e consciência para mostrar-lhe o que é certo e o que deve ser feito, o que é errado e o que deve ser evitado. Os mandamentos de Deus ajudam nosso entendimento e nossa consciência em seu caminho. O maior mandamento – o do amor – conduz ao uso pleno da liberdade… A liberdade é, portanto, oferecida ao homem e dada a ele como uma tarefa. Ele deve não apenas possuí-la, mas também conquistá-la.
Aleteia
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