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Eremita (†580)
Chamava-se Márcio (do nome latino Martius, de onde depois proveio o nome Martinho) e era de família nobre. Seu nascimento deve-se colocar em torno do ano 500. De fato, quando São Bento, por volta do ano 529 foi para Montecassino, encontrou ali Martinho, descrito como um jovem eremita, que havia escolhido aquela paragem como um lugar para se dedicar à oração e à vida de penitência. Vivia na mais completa solidão, tendo por casa uma reentrância na rocha da montanha. São Gregório Magno, Papa, em seus Sermões chegou a elogiar a santidade e a grandeza desse seguidor de São Martinho. Narra-se que por algum tempo ele e São Bento chegaram a jejuar e a rezar juntos, mas logo não se colocaram de acordo com a forma de conduzir a vida ascética: São Bento desejava também se dedicar ao apostolado, visitando as casas das pessoas pobres daquela região. Martinho, por sua vez, desejava apenas a vida de solidão, dedicando-se à oração e ao louvor perene de Deus. Ficou claro que tinham visões diferentes e, por esse motivo, decidiram se separar: dessa forma São Martinho se dirigiu para outra localidade próxima num Monte chamado Mássico. Aí chegando, encontrou uma reentrância na rocha que logo transformou em sua cela. Vivia em orações e jejuns, mas sem perder o contato com São Bento. Para alcançar uma maior penitência, fez com que colocassem uma corrente em sua perna, para que não fosse tentado a sair de sua cela: assim viveu por três anos, até que São Bento suplicou para que ele deixasse de lado essa corrente. São Martinho obedeceu sem, no entanto, abandonar a vida de penitência. Logo sua fama de santidade correu pelas aldeias e povoados da região e, aos poucos, muitos jovens se sentiram impelidos a seguir o exemplo do santo: em torno a si foi se formando uma pequena comunidade de monges. No dia 3 de agosto de 580, após tantos jejuns e mortificações, Martinho exalou seu último suspiro, morrendo docemente. Seus discípulos logo se encarregaram de sepultar o corpo de seu santo abade na igreja do mosteiro.
Aleteia
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