Antoine Mekary | Aleteia | I.MEDIA |
“Quanto sofrimento, quantas lacerações, quantas guerras poderiam ser evitadas se o perdão e misericórdia fossem o estilo de nossa vida”.
“Perdoar não é algo só de momento, é uma coisa contínua contra esse rancor, esse ódio que volta. Pensemos no final, deixemos de odiar (…). Quanto sofrimento, quantas lacerações, quantas guerras poderiam ser evitadas se o perdão e misericórdia fossem o estilo de nossa vida!”.
Inspirado na passagem de São Mateus (Mt 18, 21-35), proposta pela liturgia do dia, o Papa dedicou sua reflexão no Angelus deste domingo ao perdão.
O cerne da parábola do rei misericordioso contada por Jesus é a indulgência que o patrão demonstra para com o servo com a dívida maior.
A súplica “Dá-me um prazo e eu te pagarei tudo” é encontrada duas vezes na parábola, começou explicando o Papa:
O patrão – conforme descrito pelo evangelista – teve compaixão – nunca esquecer esta palavra. Jesus teve compaixão – , deixou o servo ir embora, perdoando sua dívida. Como a dívida era enorme, o perdão também o foi.
Mas o servo, por sua vez, após perdoado, mostra-se implacável com seu companheiro que lhe devia uma soma modesta, e manda-o para a prisão até que este quite a sua pequena dívida. O patrão fica indignado ao saber, chama o servo malvado e faz com que seja condenado: “Mas eu te perdoei tanto e és incapaz de perdoar este pouco?”
Francisco explica que na Parábola encontramos duas atitudes diferentes: a de Deus – representado pelo rei – que perdoa tanto, porque Deus perdoa sempre, e a do homem:
De fato, “há necessidade desse amor misericordioso”, que é também a base da resposta do Senhor à pergunta de Pedro sobre quantas vezes deve perdoar um irmão que peca contra ele.
O “setenta vezes sete”, na linguagem simbólica da Bíblia, “significa que somos chamados a perdoar sempre”:
O Papa recordou então da Missa celebrada pela manhã, quando ficou profundamente tocado por uma frase do Livro do Eclesiástico: “Lembra-te de teu fim, e deixa de odiar”, exortando ao exercício contínuo do perdão:
Confiemo-nos à materna intercessão da Mãe de Deus: que ela nos ajude a perceber o quanto somos devedores a Deus e a recordá-lo sempre, para assim ter o coração aberto à misericórdia e à bondade.
(Com Vatican News)
Aleteia
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