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Ele é citado na Carta aos Hebreus como rei de justiça, que faz do seu sacerdócio uma figura do sacerdócio de Cristo.
O Ricardo Paiva, que mora no bairro do Itaim, pede que eu fale a respeito de Melquisedeque, citado na Bíblia.
Ricardo, Melquisedeque foi um rei cananeu de Salém, ou seja, daquela que seria, no futuro, a cidade de Jerusalém. Ele é apresentado também como sacerdote do Altíssimo. Ele ofereceu um sacrifício de pão e de vinho por uma vitória de Abrão contra quatro reis que haviam aprisionado seu sobrinho Lot.
No livro do Gênesis, no capítulo 14, lemos que Abrão, após vencer uma grande batalha, foi acolhido por Melquisedeque, que trouxe pão e vinho e abençoou Abrão, dizendo: “Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários em tuas mãos. Após esta bênção, Abrão pagou o dízimo de tudo”.
Melquisedeque é citado na Carta aos Hebreus, como rei de justiça, que faz do seu sacerdócio uma figura do sacerdócio de Cristo (cf. Hb 7,11-19). Seu sacerdócio ultrapassa o dos levitas, que era a tribo de Israel de onde saíam os sacerdotes. O Salmo 110 diz que o sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque é eterno.
Sabe, Ricardo, Melquisedeque ofereceu o sacrifício do pão e do vinho. Jesus na ceia entregou o pão e o vinho aos discípulos dizendo: “Tomai, comei; tomai, bebei; isto é meu corpo, este é o cálice do meu sangue”. E quando Jesus naquela ceia disse: “Fazei isto em memória de mim”, Ele instituiu o sacerdócio cristão. Os sacerdotes cristãos oferecem no altar o sacrifício do pão e do vinho, do corpo e do sangue de Jesus. Por tudo isso é que o sacerdócio de Jesus, do qual os nossos padres participam, é eterno e é segundo a ordem de Melquisedeque.
Eis este rei e sacerdote misterioso, que aparece lá no início da história do povo de Israel e cujo sacerdócio é figura do sacerdócio do Cristo, do qual participam todos os sacerdotes da nossa Santa Igreja. Tudo bem, Ricardo? Fique com Deus e que Ele abençoe você e sua família.
Aleteia
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