Ss. Cosme e Damião, século XVIII | Vatican News |
O cuidado dos enfermos foi a alavanca
principal da vida dos dois irmãos, que viveram no século III, no tempo da
perseguição contra os cristãos. Eles cuidavam dos doentes, sem aceitar
remuneração. Por isso, receberam o apelido de “anárgiros”, palavra grega que
significa "sem prata". A sua fama de homens corajosos e distintos
benfeitores espalhou-se, rapidamente, por toda a região.
A atividade destes Santos gêmeos não se limitou apenas aos cuidados do corpo
enfermo. Na sua prática profissional, visavam também o bem das almas, com o
exemplo e a palavra. De fato, converteram muitos pagãos ao cristianismo.
É famoso o episódio da cura de uma mulher hemorroíssa, chamada Paládia, que,
por gratidão, deu três ovos aos dois irmãos. Porém, por não aceitarem, ela
implorou a Damião que os aceitasse, em nome de Cristo, aquela pequena oferta.
Para não ofender a mulher, Damião aceitou os ovos. Este seu gesto provocou a
reação de Cosme, que pediu, publicamente, após a sua morte, para não ser
enterrado com seu irmão.
Martírio
O suplício dos dois irmãos é narrado
pela Lenda Áurea, segundo a qual foram primeiro jogados no fogo, de onde saíram
ilesos. Depois, foram condenados à lapidação, mas as pedras voltavam contra os
atiradores. E, ainda, as flechas lançadas pelos arqueiros feriram seus algozes.
Por fim, foram decapitados.
Não sejam separados...
Na pintura do Beato Angélico, a
representação da sepultura dos dois Santos é baseada no que foi narrado pela
Lenda Áurea. Segundo esta narração, o dromedário, que transportava o corpo de
San Damião, de repente começou a falar com voz humana, pronunciando estas
palavras: "Nolite eos separare a sepoltura, quia non sunt separati
merito" (“Não sejam separados na sepultura, porque não são diferentes por
mérito”).
A Igreja celebra a festa litúrgica dos Santos Cosme e Damião no dia 26 de
setembro.
O culto deles estendeu-se do Oriente à Itália, sobretudo em Roma e na região da
Apúlia.
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