Com. Cat. Shalom |
Com Jesus, entre as Visitandinas
Entre as coirmãs, ao emitir os votos
acrescentou o seu nome o de Maria, Margarida não era feliz: sempre teve visões
de Nossa Senhora, mas nunca disse nada a ninguém. No entanto, começavam os
comentários entre as freiras e as superioras, que não acreditavam nela, aliás,
até zombavam dela, dando a entender que estava doente ou louca. Todavia,
permaneceu entre as Visitandinas por mais de vinte anos, recebendo graças
extraordinárias, mas, também, fazendo muitas penitências e mortificações,
sempre com o sorriso nos lábios.
Uma verdadeira autobiografia
Seu diretor espiritual, o jesuíta
Claude de la Colombière, que reconheceu nela o carisma dos Santos, pediu para
ela escrever suas experiências místicas, que, depois, se tornou uma
autobiografia, que chegou até nós.
No início, Margarida se opôs, mas, por obediência, concordou. Enquanto
escrevia, estava ciente de fazê-lo só para si, sem perceber o valor do que
estava narrando naquelas páginas.
A partir de 1673, Margarida Maria começou a receber até visitas de Jesus, que
lhe pedia para ter uma devoção particular ao seu Sagrado Coração, que lhe
aparecia "radiante como o sol, com sua chaga adorável, coroado de
espinhos, sobre o qual despontava uma cruz, sobre um trono de espinhos”.
Da sua narração brotou uma verdadeira iconografia, que conhecemos hoje. A
partir desta sua biografia, a Igreja instituiu a festa litúrgica do Sagrado
Coração de Jesus, celebrada no oitavo dia depois de Corpus Christi.
"A grande promessa"
Jesus apareceu a Margarida Maria por
17 anos, até o dia da sua morte, quando a tomou pela mão para levá-la consigo.
Ele a chamava "discípula predileta"; a ela comunicou os segredos do
seu Coração e a fez partilhar da ciência do amor. A religiosa também recebeu de
Jesus uma grande promessa: os que recebessem a comunhão, por nove meses
consecutivos, na primeira sexta-feira do mês, receberiam o dom da penitência
final, ou seja, morrer recebendo os sacramentos, sem ter pecado. Jesus
pediu-lhe ainda que pedisse ao rei da França, Luís XIV, para consagrar o país
ao Sagrado Coração. Porém, a Santa não recebeu resposta do soberano.
Morte e culto
Margarida Maria Alacoque faleceu em
17 de outubro de 1690. Graças a ela, no bairro Montmartre, em Paris, foi
construído, entre 1875 e 1914, um Santuário dedicado ao Sacre Coeur, (Sagrado
Coração), consagrado em 1919.
Margarida foi beatificada por Pio IX, em 1864, e canonizada por Bento XV, em
1920.
Eis a oração de consagração ao
Sagrado Coração de Jesus de Santa Margarida Maria Alacoque:
«Entrego-me e consagro-vos, Sagrado
Coração de Jesus Cristo, a minha vida, as minhas ações, penas e sofrimentos,
para não querer mais servir-me de nenhuma parte do meu ser, senão para vos
honrar, amar e glorificar.
É esta a minha vontade irrevogável: ser todo vosso e tudo fazer por Vosso amor,
renunciando de todo o meu coração a tudo quanto Vos possa desagradar.
Tomo-vos, pois, Sagrado Coração de Jesus, por único bem do meu amor, protetor
da minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e da
minha inconstância, reparador de todas as imperfeições da minha vida e meu
asilo seguro na hora da morte.
Sede, Coração de bondade, a minha justificação diante de Deus, vosso Pai, para
que desvie de mim a sua justa cólera.
Coração amoroso de Jesus, deposito toda a minha confiança em vós, pois tudo
temo de minha malícia e de minha fraqueza, mas tudo espero de Vossa bondade!
Extingui em mim tudo o que possa desagradar-vos ou que se oponha à vossa
vontade.
Seja o vosso puro amor tão profundamente impresso em meu coração, que jamais
vos possa esquecer nem me separar de vós.
Suplico-vos, por vossa bondade, que meu nome seja escrito em vosso Coração,
pois quero viver e morrer como vosso verdadeiro devoto.
Sagrado Coração de Jesus, confio em vós!»
Vatican News
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