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Obras de arte que servem de caminho para o encontro como sagrado
As igrejas de Roma escondem verdadeiros tesouros da arte sacra. Por exemplo: quando você vai à Capela Sistina, pode dizer que tem uma obra de arte literalmente a seus pés.
Entretanto, diante da imponente obra de Michelangelo e da grande quantidade de pessoas que a visita, o solo fica em segundo plano. Mas não deveria.
Quando o Papa Sisto IV decidiu construir e decorar a capela do Palácio Vaticano (que depois levou seu nome), também quis criar um piso digno de sua grandeza. Para isso, pensou em utilizar o estilo medieval cosmatesco.
O estilo cosmatesco
É uma técnica de arte em mosaico que surgiu em 1.200 d.C. A família Cosmati foi a precursora do estilo. No princípio, os artistas juntavam as peças de mármore que sobravam das construções. Depois, passaram a adicionavam vidro e discos de outras pedras para formar figuras e composições geométricas. Com a minuciosidade digna de um quebra-cabeça com milhares de peças, os artistas, portanto, cobriam o chão das mais importantes e imponentes igrejas de Roma.
Arte e espiritualidade
A arte desses mosaicos não é fruto do destino. De fato, pode-se dizer que eles escondem uma linguagem secreta e com muita espiritualidade.
Teólogos, historiadores, cientistas e arquitetos estudaram e escreveram sobre os mosaicos cosmatescos. Eles chegaram à conclusão que, além de serem uma obra magnífica de decoração, as formas funcionam como caminhos para a meditação e para se chegar ao mais sagrado: o encontro com Deus no altar, ou seja, a Eucaristia.
Essas obras de arte nos pisos das igrejas de Roma e outras cidades italianas inspiraram muitas igrejas ao redor do mundo. A Abadia de Westminster, em Londres, é um exemplo de local onde a técnica se faz presente.
Aleteia
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