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sábado, 14 de novembro de 2020

Cristãos são os que sofrem mais perseguição religiosa no mundo

Aleteia.pt
por Magnús Sannleikur

Levantamento de um centro de pesquisas aponta os números referentes às restrições governamentais em relação à religião.

Cristãos e muçulmanos foram os grupos que sofreram mais perseguição religiosa em todo o mundo em 2018. Aliás, esta é uma realidade que se repete desde 2007, quando o Pew Research Centercomeçou a monitorar o nível de restrições governamentais à religião.

Segundo levantamento do centro de pesquisas, em 2018 (último ano fechado do estudo) os cristãos sofreram perseguição religiosa em 145 países. Em 2017, entretanto, esse número era um pouco menor: 143 países. Em Israel, por exemplo, policiais feriram um monge cristão etíope e o expulsaram de sua igreja. Já no Burundi, autoridades prenderam um homem cristão e o espancaram por ele se recusar – com base em sua consciência religiosa – a se registrar para votar. O homem morreu.

Restrições à religião

O estudo analisa o ano de 2018 e conclui que o nível médio global de restrições governamentais à religião – leis, políticas e ações que afetam as crenças e práticas religiosas – continuou a subir. Além disso, o índice atingiu o nível mais alto desde o início da série histórica do estudo.

Em 2007, o primeiro ano do estudo, a pontuação média global no Índice de Restrições do Governo (uma escala de 10 pontos baseada em 20 indicadores) foi de 1,8. Após alguma flutuação nos primeiros anos, a pontuação média tem aumentado constantemente desde 2011. Em 2018, portanto, esse índice chegou a 2,9.

Número de países com restrições religiosas

O número total de países com níveis “altos” ou “muito altos” de restrições governamentais também tem aumentado. Mais recentemente, esse número subiu de 52 países (26% dos 198 países e territórios incluídos no estudo) em 2017 para 56 países (28%) em 2018.

Das cinco regiões examinadas no estudo, o Oriente Médio e o Norte da África continuaram a ter o nível mediano mais alto de restrições governamentais e perseguição religiosa em 2018.

No entanto, a Ásia e o Pacífico tiveram o maior aumento em sua pontuação média de restrições governamentais, passando de 3,8 em 2017 para 4,4 em 2018. Isso se deve, em parte, ao fato de um número maior de governos na região usar a força contra grupos religiosos, incluindo danos materiais, detenções, deslocamento, abuso e assassinatos, por exemplo.

Alguns países da região Ásia-Pacífico registraram altas históricas em suas pontuações gerais de restrições governamentais. Isso inclui a China, que continuou a ter a pontuação mais alta no Índice de Restrições do Governo (GRI) entre todos os 198 países e territórios no estudo. A China tem estado perto do topo da lista dos governos mais restritivos em cada ano desde o início do estudo e, em 2018, atingiu um novo pico em sua pontuação (9,3).

Metodologia da pesquisa

A pesquisa é baseada  em relatórios anuais sobre liberdade religiosa internacional do Departamento de Estado dos EUA e da Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional. Além disso, o estudo utiliza publicações de uma variedade de órgãos europeus e das Nações Unidas e várias organizações não governamentais independentes.

O relatório completo pode ser lido aqui.

Aleteia

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF