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Mais de 3.000 jovens de 120 países dos 5 continentes se inscreveram no evento, que vai de 19 a 22 de novembro, online.
Economia de Francisco: o congresso do Papa em prol de uma mudança global na economia começa nesta quinta-feira, 19 de novembro, e vai durar 3 dias de palestras e debates com jovens economistas e empresários.
De acordo com as várias matérias veiculadas sobre o encontro pelo Vatican News, agência oficial de notícias do Vaticano, o assunto geral da iniciativa é “uma nova maneira de entender a economia de acordo com o espírito de São Francisco de Assis e da encíclica Laudato si’“. O objetivo é “criar um movimento de jovens economistas para traduzir na vida cotidiana a encíclica Fratelli tutti“.
O evento internacional, portanto, abordará temas como trabalho, finanças, educação e inteligência artificial, dado o impacto desta última na reorganização da economia e do emprego. Por causa da pandemia de covid-19, o evento será online e ao vivo.
Além da participação “virtual” do Papa Francisco, o evento contará com palestrantes como Muhammad Yunus, economista e Prêmio Nobel da Paz 2006, Vabdana Shiva, do Fórum Internacional sobre Globalização, e Stefano Zamagni, presidente da Pontifícia Academia de Ciências Sociais.
Economia de Francisco: o que é isso
A proposta do Papa é que os participantes reflitam juntos para concretizar uma aliança entre gerações, a fim de mudar a economia atual e a “dar uma alma à economia do amanhã”, para que ela seja mais justa, inclusiva e sustentável.
Francisco vem enfatizando que “tudo está intimamente ligado” e, portanto, os cuidados ambientais não podem ficar de fora da solução dos problemas estruturais da economia mundial. Neste sentido, o Papa ressalta a necessidade de corrigir os aspectos da política e da economia que não respeitam o homem, o meio ambiente e a dignidade da pessoa.
Na carta aos jovens economistas e empreendedores para convidá-los ao congresso “Economia de Francisco”, o Papa indica as diretrizes gerais desse novo modelo econômico: “uma economia diferente, que faça as pessoas viverem e não mate, inclua e não exclua, humanize e não desumanize, cuide da criação e não a deprede“.
Esse novo modelo econômico será “fruto de uma cultura de comunhão, baseada na fraternidade e na equidade“.
E é para tirar esse modelo do papel que o Papa convidou os jovens a participarem da iniciativa.
A resposta dos jovens ao convite do Papa
Mais de 3.000 jovens de 120 países dos 5 continentes se inscreveram no evento.
Eles são ligados ao mundo da economia, da gestão, das finanças, da tecnologia, da inteligência artificial, do investimento em iniciativas inovadoras, da educação, da filosofia, da sociologia, da teologia, da proteção ambiental, dos recursos naturais, do consumo responsável, da ação contra a pobreza e do ativismo pela dignidade humana.
Ao Vatican News, o pesquisador Domenico Rossignoli, da Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão, declarou:
“Devemos ter a coragem de redescobrir a essência mais importante da economia: a de nos dizer como viver juntos, todos nós, da melhor maneira possível. E fazer desta economia algo que nos impulsione a construir um mundo onde os recursos possam ser utilizados para o bem de todos e não apenas de alguns”.
Aleteia
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