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Temos que percorrer um caminho pessoal de aprofundamento, de redescoberta, de total zelo e sintonia com o senhorio de Jesus Eucarístico em nossas almas. Temos que aprender a professar, de joelhos diante do Tabernáculo, que “nosso Deus é o Deus que permanece para sempre, Seu Reino não será destruído e Seu poder durará eternamente; Ele é o Libertador e o Salvador, que opera sinais e maravilhas no céu e na terra”. (Dn 6, 27b-28). Temos que reconhecer que, na Eucaristia, Cristo manifesta a Sua singular realeza, pois, neste Sublime Sacramento, a glória e a realeza divinas já estão presentes, mesmo que escondidas sob os sinais do pão e do vinho.
Na Eucaristia, nosso Senhor Jesus Cristo, Verbo encarnado, morto e ressuscitado em prol de nossa salvação, é o Rei por excelência, o Rei do universo, das nossas vidas e de toda a nossa existência. Como não sentir uma profunda alegria por sermos chamados a contemplar e adorar o esplendor desta verdade de fé? Como não testemunhar ao mesmo tempo um incontido entusiasmo por poder servir ao Cristo Eucarístico, de anunciar com palavras e com a vida o Seu senhorio? É esta, de modo singular, a nossa missão: bradar ao mundo a sublimidade e a riqueza da Eucaristia, esperança para todos e cada um de nós. Unidos ao Cristo Eucarístico, nós temos não só o direito e o dever, mas acima de tudo, a honra, o privilégio, a graça e a satisfação de confessar sem reservas o Seu excelso senhorio sobre todos os seres humanos, sobre toda a criação e sobre todas as coisas, que pode e deve ser chamado, sem sombra de dúvida, de realeza.
Temos que ofertar a Jesus Eucarístico, nosso Rei e Senhor, o nosso amor sempre renovado, purificado e apaixonado. Ele é a maior inspiração de nossas almas; consequentemente, “na liberdade de filhos de Deus, aqueles que são alimentados pelo Pão da Unidade assumem o compromisso de abraçar as fraturas presentes na realidade atual, certos de que a força do amor de Deus neles presente pode renovar essa mesma realidade, segundo o desígnio e o poder divinos”. (Texto-base do XVI CEN).
Impulsionados pelo Cristo Eucarístico, todo aquele que recebe a Sagrada Comunhão se predispõe a servir à Igreja com humildade, zelo e santidade e se predispõe também a trabalhar com afinco na obra da unidade dos cristãos e na obra de evangelização e promoção humana, para que Cristo Eucarístico seja sempre reconhecido e adorado como o Senhor Absoluto de toda a criação. Onde há fraturas, conflitos e divisões, está faltando, certamente, uma maior participação na recepção do Corpo dado e do Sangue derramado. Todo aquele que possui uma alma eucarística pode oferecer uma grande contribuição para a vivência da justiça, do serviço, da paz, da solidariedade e da caridade. Na construção da unidade, como súditos de Cristo Eucarístico, bradamos: “Que venha a nós o Vosso Reino Eucarístico, ó Jesus! A impiedade e a ingratidão já reinaram bastante sobre a terra!” (São Pedro Julião Eymard, “Flores da Eucaristia”).
Na Eucaristia, o Sacramento dos Sacramentos, está presente o senhorio da graça e da misericórdia, do perdão e da comunhão. Pela reta participação na Eucaristia, somos chamados a antepor o reino dos céus à fascinação dos bens materiais, do ter e do prazer e de toda expressão do poder terreno. Por amor ao Cristo Eucarístico, não podemos ficar neutros ou indiferentes diante dos ataques à vida, da ruína dos lares e da separação dos cônjuges e do divórcio, pois temos noção de que “as consciências dos que se deixam orientar pela verdade, pela sabedoria divina, são iluminadas, e as dúvidas cedem espaço às certezas. Situações concretas da existência recebem resposta na celebração eucarística, de modo que, pela escuta de Cristo Jesus, os que o celebram e recebem têm a possibilidade de sempre realizar novas opções em favor da vida”. (Texto-base do XVI CEN).
Com o Cristo Eucarístico, na alma e no coração, temos que reinar servindo incondicionalmente a Deus, ao próximo e à Igreja. Por estar a serviço do Cristo Eucarístico, é um grato privilégio poder afirmar que “a Eucaristia é a realeza de Nosso Senhor na alma fiel. O corpo do comungante se torna para Jesus um templo; o coração, um altar; a razão, um trono; a vontade uma serva fiel”. (São Pedro Julião Eymard, “Flores da Eucaristia”).
Quando participamos da Sagrada Comunhão, nós sentimos a necessidade de passarmos pelo mundo fazendo o bem, testemunhando os sinais da misericórdia no cotidiano de nossas vidas. Quando somos alcançados pela graça sobrenatural, que recebemos na Santa Eucaristia, aprendemos a reservar tempos e momentos para a oração silenciosa diante do Sacrário, a fim de que possamos dizer ao Cristo: “Senhor, nosso Deus, Tu és digno de receber a glória, a honra e o poder, porque Tu criaste todas as coisas. Pela Tua vontade é que elas existem e foram criadas!”. (Ap 4, 11).
Por estar a serviço do Cristo Eucarístico, quero convidá-los a salmodiar: “Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra, e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! Porque Ele é o nosso Deus, nosso Pastor; e nós somos o seu povo e seu rebanho, as ovelhas que conduz com Sua mão”. (Salmo 94). Por estar a serviço do Cristo Eucarístico, eu vos exorto a não esmorecerdes jamais a santidade e o ânimo. Trabalhai com piedade, zelo e amor, para que em nossas Paróquias e Comunidades exista sempre mais um serviço fiel e pontual a Jesus Eucarístico, nosso Rei e Senhor! Levai a todos os ambientes o entusiasmo do vosso amor e da vossa fé eucarística, pois “quem se alimenta de Cristo na Eucaristia não precisa esperar o Além para receber a vida eterna; já a possui na terra, como primícias da plenitude futura, que envolverá o homem na sua totalidade”. (Papa João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, nº 18).
Que a Virgem Maria, a Serva do Senhor, Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, nos ajude a permanecer no serviço e no amor de Jesus Eucarístico, para que possamos dar abundantes frutos para a glória de Deus Pai e para a salvação do mundo! Assim seja! Amém!
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