Portugal - jovens, símbolos JMJ 2023 |
A
Cruz Peregrina e o Ícone Mariano das Jornadas Mundiais da Juventude foram-lhes
entregues e esses jovens de dioceses de Portugal testemunham a sua experiência
em Roma lançando um olhar para o futuro.
Rui Saraiva - Porto
No passado Domingo de Cristo Rei teve início um
longo caminho de peregrinação dos símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude
pelas dioceses portuguesas. Na presença do Papa Francisco, os jovens do Panamá
entregaram a Cruz Peregrina e o Ícone Mariano “Salus Populi Romani” aos jovens
de Portugal.
O Santo Padre na homilia da Missa na Basílica de S.
Pedro exortou os jovens para “grandes sonhos” vividos com “júbilo e ousadia”
praticando “as obras de misericórdia” e assumindo escolhas que renunciem ao
egoísmo. “Se nos gastarmos pelos outros, tornamo-nos livres” – disse o Papa.
Os jovens portugueses que receberam os símbolos
foram a Daniela Calças, o João Amaral, o Guilhermino Sarmento, o Fernando
Vieira e a Tatiana Severino. Uma experiência intensa com a particularidade de
ser vivida em tempo de pandemia. E foi grande a emoção no momento de receber os
símbolos das mãos dos jovens do Panamá.
Levar Jesus e Maria a todos
A Daniela Calças tem 26 anos é da diocese de Lisboa
da Paróquia do Parque das Nações. Revela-nos as emoções sentidas em Roma e a
importância da presença dos símbolos da JMJ em Portugal:
“Ainda é difícil expressar por palavras o turbilhão
de emoções que senti e que na realidade ainda sinto. E, sinceramente, não sei
se algum dia vou conseguir colocar por palavras tudo aquilo que vivi e que
ainda estou a viver. Foi uma honra poder representar a minha diocese e ter a
certeza que a oportunidade de ir e viver aquele momento foi, sem dúvida, um
presente de Deus e não podia estar mais grata por isso. Claro que estar junto do
Papa foi um sonho tornado realidade e quero muito que a alegria imensa que
senti naqueles dias e que ainda sinto continue a ser partilhada com todos os
que não puderam lá estar fisicamente. E a peregrinação dos símbolos será o
momento certo para partilharmos esta alegria. O encontro com a Cruz e o Ícone
de Maria é um passo importante para que não tenhamos dúvidas de que vivermos
este sonho da JMJ no nosso país vai mesmo acontecer! Desejo que a presença dos
símbolos nas nossas dioceses seja um impulso para que nós jovens levemos Jesus
e Maria a todos sem medos e sem vergonhas.”
Jovens para um mundo melhor
Tem 21 anos e é cadete aluno da Guarda Nacional
Republicana na Academia Militar. O João Amaral representou em Roma a Diocese
das Forças Armadas e de Segurança numa “celebração de fé e de esperança” –
afirma:
“Esta celebração em Roma foi essencialmente uma
celebração de fé e de esperança que temos nos nossos jovens para um mundo
melhor. Todos os que ali estavam acreditavam que podem fazer a diferença, que
podem viver num mundo em que se pratique o bem. Para mim, foi um momento que
vou recordar para a vida toda. E poder transportar a Cruz é algo extraordinário
que guardarei para sempre no meu coração. Foi uma emoção muito forte que nem se
consegue explicar. Esta celebração possibilitará agora a Portugal organizar a
JMJ em 2023. Espero contribuir para a paz e a harmonia no mundo nessa comunhão
com os jovens cristãos.”
Oportunidade única para a Igreja
O Guilhermino Sarmento tem 27 anos, é da Diocese de
Lisboa da Paróquia de S. Bento de Massamá e considera que a peregrinação dos
símbolos da JMJ é uma oportunidade única para a Igreja em Portugal:
“A minha experiência em Roma foi marcante. Com
muita coisa a acontecer e, portanto, muito intensa. Senti-me muito em Igreja,
pertença de uma família alargada. Vi isso no rosto de cada um dos que faziam
parte desta comitiva. Foi um sentimento de profunda alegria e, para além disso,
também de gratidão por aquilo que vivi ao longo destes dias. Correu tudo tão
rápido que ainda estou a fazer uma síntese de tudo o que vivi! Ter estado
naquela celebração com o Papa Francisco foi também perceber que ele também nos
confirma na fé e nesta caminhada para a JMJ. E eu acho que esta é uma
oportunidade única para a Igreja em Portugal de fazermos e sentirmos esta
jornada, não apenas, como Lisboa a diocese que acolhe, mas para fazermos este
caminho em conjunto. Sentir isto em Igreja. Acho que esta peregrinação dos
símbolos pode despertar precisamente isto.”
Evangelizar os jovens e dar ânimo
Fernando Vieira, tem 24 anos, é da Pastoral da
Juventude da Arquidiocese de Braga e afirma que a experiência em Roma teve um
significado de missão e de evangelização:
“Tem um significado de missão e de evangelização
procurado e até comentado por parte de D. Tolentino Mendonça na sua intervenção
conosco, de que esta é uma forma de evangelizar os jovens portugueses e de dar
um significado e um novo ânimo depois destes tempos tão complicados de pandemia
nesta caminhada até à JMJ Lisboa 2023. Foi um momento que ficará na minha
memória como um sentido de missão que quero passar para as pessoas que estão
junto a mim. Foi também um momento bom de conhecer e estarmos juntos, os
elementos que farão parte da organização das pré-jornadas com as várias
dioceses.”
A Cruz como sinal de esperança
A Tatiana Severino, é de Leça da Palmeira, na
diocese do Porto. Tem 26 anos, recorda a experiência de Roma como inesquecível
e acha que a peregrinação dos símbolos pelas dioceses será uma oportunidade
para reconhecer a Cruz como um sinal de esperança:
“Quando se abriram as portas da Basílica de S.
Pedro e tenho os símbolos das JMJ bem ali à minha frente, com a possibilidade
de lhes tocar, foi único e inesquecível. Como se já não bastasse, minutos
depois, estou perante a figura máxima da Igreja, o Papa Francisco, mesmo ali à
minha frente. E passados uns minutos estou a receber das mãos de um panamenho o
ícone de Nossa Senhora e a transportá-lo. Foi um momento de emoções fortes, uma
honra, um privilégio, uma felicidade enorme. Dei por mim a pensar de que estar
perante a Cruz Peregrina e o Ícone também é estar perante milhares de jovens
que já rezaram em frente a eles. É o recordar todos os jovens, todas as mãos
que por eles já passaram e que para quantos deles foram lugar de salvação, de transformação
e de conversão. A peregrinação dos símbolos nas dioceses portuguesas é o
sentirmos cada vez mais próxima a realização da JMJ, é sentir a importância de
todo o significado que a Cruz acarreta em si e que o Ícone de Nossa Senhora nos
invoca, o que faz que para além de serem símbolos, ser também uma oportunidade
que nós portugueses temos de nos aproximar mais da Cruz. Não como sacrifício,
mas como salvação e configuração a Cristo e de nos aproximar também a Nossa
Senhora, sendo, à sua semelhança, discípulos. As dioceses terão um caminho
longo a percorrer, para que a juventude e as pessoas reconheçam que a Cruz não
só um lugar de sofrimento, mas um sinal de esperança. Cada um de nós é um
Cristo Ressuscitado.”
Roma foi a etapa inicial no caminho de preparação
da Jornada Mundial da Juventude de 2023. No Vaticano, junto do Papa Francisco,
estiveram presentes jovens das dioceses de Viana do Castelo, Funchal, Beja,
Bragança-Miranda, Portalegre, Vila Real, Coimbra, Porto, Lisboa, Lamego, Braga
e ainda da Diocese das Forças Armadas e de Segurança.
Laudetur
Iesus Christus
Vatican News
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