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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Uma coisa boa e agradável ao Senhor

Revista 30Dias
dezembro/2009
de Aloysius Jin Luxian

O prefácio da edição de Quem reza se salva em língua chinesa


“Quem reza não tem medo; quem reza nunca está sozinho; quem reza se salva.” Foi assim, em julho passado, durante a audiência geral da quarta-feira, que o papa Bento XVI repetiu aos fiéis presentes na praça de São Pedro e a toda a Igreja as palavras que intitulam também este pequeno livro, em que se reúnem as mais simples orações empregadas pelos cristãos ao longo dos séculos.
Já faz alguns anos que centenas de milhares de cristãos do mundo todo têm usado este livrete como instrumento simples e conciso com o qual caminhar na fé que receberam. Hoje, com a presente edição em língua chinesa, muitos católicos da China também poderão tirar proveito e conforto desta pequena dádiva, tão preciosa para sua vida cotidiana. Nela encontrarão orações simples, mediante as quais, com confiança e esperança, poderão depositar nas mãos de Jesus, de Maria, de São José e de todos os santos suas expectativas, seus pedidos de consolo nas aflições e de que sejam tomados nos braços no tempo da provação. No livro encontrarão também palavras com as quais dizer obrigado pelos grandes e pequenos dons recebidos, além de uma ajuda para confessar bem seus pecados e, assim, receber o perdão do Senhor.
A simples repetição dessas orações na trama do dia a dia será também sinal íntimo e sincero da comunhão com a Igreja de Roma, que se fundamenta no martírio dos apóstolos Pedro e Paulo. Beber da mesma fonte de graça, compartilhando os mesmos sacramentos e as mesmas orações, leva a florescer no mundo a comunhão de todos os filhos da Igreja, na mesma fé dos apóstolos. Nesse sentido, nos tempos antigos, a comunhão com a Igreja de Roma também se expressava e era confirmada pelo fato de serem compartilhadas as mesmas fórmulas de oração.
Estou certo de que muitos de meus compatriotas ficarão contentes e saberão aproveitar uma pequena dádiva, tão simples e bonita. Muitas vezes, ao longo da história, os católicos da China experimentaram a doce e desarmada potência dessas simples orações e devoções. Deu-se o mesmo com muitos adultos de hoje, a começar por nós, mais velhos: nas tribulações deste mundo, o Senhor os fez perseverar na promessa de Sua salvação graças ao tesouro de orações que aprenderam desde crianças, que qualquer um pode repetir sempre, seja qual for a circunstância em que se encontre.
Faço votos de que agora, em companhia deste pequeno livro, muitos jovens da China de hoje também tenham a sorte de saborear a vida de graça descrita por São Paulo na Primeira Carta a Timóteo, que o papa Bento XVI também desejou citar em sua Carta aos Católicos Chineses: “Antes de tudo, peço que se façam súplicas, orações, intercessões, ação de graças, por todas as pessoas, pelos reis e pelas autoridades em geral, para que possam levar uma vida calma e tranquila, com toda a piedade e dignidade. Isto é bom e agradável a Deus, nosso Salvador. Ele quer que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2, 1-4).

Revista 30 Dias

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF