Cardeal Müller | Guadium Press |
Redação (13/01/2021, Gaudium Press) O cardeal Gerhard Müller, prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé, publicou recentemente um artigo ao qual ele deu o título de “O cristocentrismo do serviço de Pedro e por que só existe um Papa” no qual, além de explicar o ministério petrino, o Purpurado alerta contra o idéia de uma fraternidade universal fora de Cristo.
No artigo publicado por “La Nuova Bussola Quotidiana” (https://www.lanuovabq.it/) o prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé afirma Cardeal:
“Qualquer apelo a uma ‘fraternidade universal’ sem Jesus Cristo, o único verdadeiro Salvador da humanidade, se tornaria, do ponto de vista da Revelação e da teologia, uma corrida louca em terra de ninguém”
A Igreja não é uma comunidade de membros de uma instituição religiosa humanitária, partilhada também por ateus
O Purpurado recorda em seu artigo:
“A Igreja do Deus Trino não é de forma alguma uma comunidade de membros de uma instituição religiosa humanitária, que poderia prescindir do Deus Trino pessoal e ser partilhada também por ateus, no sentido da identificação panteísta do ser com a ficção personificada do deus de Spinoza (deus sive substantia sive natura) ”.
Vaticano II e rejeição do pluralismo religioso
O cardeal cita o Concílio Vaticano II para mostrar a rejeição do pluralismo religioso e do relativismo na exigência da verdade, bem como a necessidade de pertencer à Igreja Católica para ser salvo:
“… não puderam ser salvos aqueles homens que, sabendo que a Igreja Católica foi instituída por Deus por meio de Jesus Cristo como necessária, se recusaram a entrar ou perseverar nela” (Lumen Gentium 14).
No diálogo inter-religioso com o islã: afirmar que Jesus Cristo é o Filho de Deus feito homem e não apenas um dos profetas
“Mesmo no diálogo inter-religioso com o Islã”, afirma o Cardeal Muller, “devemos dizer francamente que Jesus Cristo não é um dos profetas (Mt 16,14), que nos remete a um deus comum além da autorrevelação no Filho de Deus feito homem, “como se, –fora do ensino da fé–, no vazio dos sentimentos religiosos – segundo vãs palavras religiosas, “afinal, todos nós cremos na mesma coisa”. (JSG)
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