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Ela foi obrigada a retirar uma pulseira em formato de terço e um escapulário que estava usando; supervisora teria argumentado que "a prova é laica".
A mãe de uma estudante usou as redes sociais para fazer um desabafo: a filha dela foi impedida de usar uma pulseira em formato de terço e um escapulário durante a segunda prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).
O caso aconteceu em uma escola – que serve como local de prova – na Vila Mariana, em São Paulo.
De acordo com a publicação, a supervisora da sala pediu para que a estudante retirasse os acessórios religiosos que estava usando. Além disso, a fiscal teria argumentado que “a prova é laica”.
A mãe da estudante, Cristina Mariotti, explicou:
“Hoje fomos buscar nossa filha após o 2o dia do ENEM, à R. Doutor Álvaro Alvim, 90 – Vila Mariana. Ao entrar no carro ela nos informou que a supervisora da sala pediu que ela retirasse a pulseira de prata em formato de terço e o escapulário pra fazer a prova pois, segundo afirmação da supervisora, A PROVA É LAICA!!!!!! Mesmo questionando o porquê desta atitude e uma vez que, no domingo passado não houve nenhuma solicitação, minha filha acabou cedendo e tirou… AGORA EU PERGUNTO: ISTO TEM FUNDAMENTO?”
O fato gerou revolta entre os católicos, que comentaram na publicação de Cristina Mariotti. Muitos falam em perseguição religiosa, já que na primeira prova a estudante usava os mesmos acessórios e não precisou retirá-los para seguir fazendo o exame.
O que não pode no Enem
O site do Ministério da Educação tem uma seção em que informa o que é permitido e o que é proibido durante a realização das provas do Enem. Tanto o site quanto o edital do Enem não mencionam a proibição de artigos religiosos por parte dos estudantes. Os materiais que os participantes não podem portar durante a prova, de acordo com o MEC, são os seguintes:
- Óculos escuros e artigos de chapelaria, como boné, chapéu, viseira, gorro ou similares;
- Caneta de material não transparente, lápis, lapiseira, borrachas, réguas, corretivos;
- Livros, manuais, impressos, anotações;
- Protetor auricular;
- Relógio de qualquer tipo;
- Quaisquer dispositivos eletrônicos, como telefones celulares, smartphones, tablets, wearable tech, máquinas calculadoras, agendas eletrônicas e/ou similares, ipods®, gravadores, pen drive, mp3 e/ou similar;
- Alarmes, chaves com alarme ou com qualquer outro componente eletrônico;
- Fones de ouvido e/ou qualquer transmissor, gravador e/ou receptor de dados, imagens, vídeos e mensagens.
Cristofobia: aluno é forçado a tirar crucifixo para participar de foto na escola
por Francisco Vêneto
A cristofobia não existe, dizem os "especialistas", mas ataca novamente mesmo assim: fotógrafa "sugeriu" que o crucifixo era um "insulto".
A cristofobia não existe, segundo os autodeclarados “especialistas”, mas a sua inexistência não a impede de manifestar-se todos os dias. A grande mídia se desvia do assunto, mas os fatos se multiplicam como parte da normalidade – sobretudo nos países supostamente democráticos e liberais do primeiro mundo ocidental.
Dias atrás, o jornal sueco Dagen noticiou o enésimo caso de cristofobia cotidiana no país. Segundo a matéria, de fato, um estudante de 15 anos foi “gentilmente convidado” a tirar o crucifixo do pescoço para participar de uma foto da escola.
Só uma “sugestão” – afinal, a cristofobia “não existe”…
Quem fez a “sugestão” foi a fotógrafa, alegando que o crucifixo era considerado um “insulto” (!) Já o insulto da fotógrafa ao aluno cristão foi candidamente vendido como “gentileza” para com as outras religiões. Alunas com o véu islâmico, aliás, não receberam “sugestão” alguma para retirá-lo.
O estudante relatou ao jornal que seu crucifixo estava pendurado ao pescoço por uma corrente comprida. Mesmo assim, acharam “politicamente mais correto” mandar retirá-lo. Ou “sugerir”, como se de fato fosse apenas uma sugestão.
O jovem declarou, além disso, que a situação o deixou constrangido:
“Eu fiquei um pouco chocado. Nunca tinha passado por isso antes. Então tirei o meu crucifixo e coloquei no bolso. Não me senti bem”.
Foi ele quem apontou a contradição entre o episódio do crucifixo e o fato de que o mesmo tipo de “sugestão” não foi dado a seguidores de outras religiões:
“Eu sei que aqueles que usam o véu não precisam tirá-lo. Claro, eu não queria que isso acontecesse. Mas se eu fui forçado a tirar a minha cruz, o mesmo teria que valer para os outros símbolos religiosos”.
O pai do aluno criticou a omissão da direção da escola, que não agiu para frear a “gentil intolerância” da fotógrafa. Ele observou:
“Pode parecer um assunto de pouca importância. Mas, no fim das contas, o assunto-chave é o tipo de sociedade que nós queremos e quanto vale a nossa liberdade religiosa. Por isso, um incidente como este se torna sério. É uma questão de princípio”.
Aleteia
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