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Sacerdote argentino de 72 anos, ex-aluno do Papa, recebeu indicação devido a seu apostolado junto a pessoas que "vivem em condições de vida espantosas".
Padre Prêmio Nobel da Paz 2021? Esta é a possibilidade decorrente da indicação do pe. Pedro Pablo Opeka, missionário em Madagascar, na África.
O sacerdote argentino de 72 anos recebeu a indicação devido ao seu apostolado junto a pessoas que “vivem em condições de vida espantosas”, segundo as palavras de Janez Janša, primeiro-ministro da Eslovênia, durante o anúncio. O pe. Pedro, aliás, é filho de refugiados eslovenos na Argentina. Seus pais tiveram que deixar o país natal devido à repressão perpetrada pelo regime comunista.
Akamasoa, uma vasta obra em favor dos pobres
Religioso da ordem dos vicentinos, o pe. Pedro Opeka vive em Madagascar como missionário há mais de três décadas, ao longo das quais fundou e mantém a Associação Akamasoa (Bom Amigo), dedicada principalmente a ajudar quem vive nos lixões.
Uma das ações da associação é construir casas populares para os pobres, mas um dos seus focos mais promissores é o trabalho na educação de crianças e jovens. A associação já ajudou a construir aldeias inteiras, escolas e um hospital para atender a população mais carente.
Além disso, a Akamasoa desenvolve pequenos negócios para fomentar a autonomia econômica das pessoas e ajudá-las a prosperar.
Padre Prêmio Nobel da Paz 2021
Não é inédito que o pe. Pedro Pablo Opeka seja indicado para o Prêmio Nobel da Paz. Ele também havia recebido a indicação em 2012 e 2013, por iniciativa conjunta de um grupo de representantes da Eslovênia, de diversos partidos políticos, no Parlamento Europeu.
Trajetória
O pe. Pedro nasceu em 1948 em Buenos Aires e, aos 18 anos, entrou no seminário. Dois anos depois, foi enviado para estudar Filosofia na Eslovênia e Teologia na França. Aceitando em seguida o chamamento a ser missionário em Madagascar, passou lá dois anos. Voltou a viajar para ser ordenado sacerdote, em 1975, e, já no ano seguinte, retornou a Madagascar, onde permanece até hoje como sacerdote missionário.
Durante uma das etapas da sua formação, o pe. Pedro chegou a ter aulas de Teologia, na Argentina, com um jesuíta que, vários anos depois, viria a se tornar ninguém menos que o Papa Francisco. E esse jesuíta nunca se esqueceu do padre missionário.
Aliás, quando o Papa Francisco visitou Madagascar, em setembro de 2019, fez questão de agradecer ao pe. Pedro Opeka pelo seu trabalho e “pelo seu testemunho profético e gerador de esperança”. O Papa ainda se lembrava de que o missionário tinha sido seu aluno.
Aleteia
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