S. Doroteia, Lucas Cranach, o Velho |
Doroteia era uma jovem que, no final
do século III, viveu em Cesareia, na Capadócia, uma região da Ásia Menor, onde
florescia uma das primeiras comunidades cristãs. Ao abraçar a fé no Senhor,
desde pequena distinguiu-se pelo longo tempo que passava em oração, pelo
sacrifício do jejum e pelas obras de caridade com o próximo.
A perseguição de Saprício
Naquela época, a Cesareia estava sob
o comando do pretor Saprício, perseguidor dos cristãos. Tendo sido informado da
fama de Doroteia, mandou prendê-la, obrigando-a a oferecer sacrifícios aos
deuses. Apesar das ameaças de ser lançada na fogueira, a jovem permaneceu firme
na sua decisão de não abjurar à sua fé. Então, Saprício a confiou a outras duas
jovens, Crista e Calista, que, antes dela, haviam renunciado a Jesus para
salvar suas vidas. A ideia do perseguidor, porém, deu êxito contrário: Doroteia
converteu as duas jovens ao cristianismo. Assim, ambas as donzelas sofreram o
martírio antes dela.
O milagre da cesta de maçãs e rosas
Ao ser conduzida ao patíbulo, Doroteia
manteve a promessa, que havia feito, muito tempo antes, ao juiz Teófilo que,
durante a sentença de condenação à morte por decapitação, a desafiou dizendo:
"Envie-me maçãs e rosas do paraíso". Então, pouco antes de ser
assassinada, o juiz viu um anjo que, em pleno inverno, lhe entregou uma cesta
com três rosas e três maçãs. Imediatamente, ele também acreditou.
O poder da conversão
Como havia acontecido com Crista e
Calista, a grande fé de Doroteia, sustentada por um evento prodigioso, levou ao
Senhor outra alma: a de Teófilo, que, por sua profissão de fé, também foi
condenado à morte. De fato, a sua memória litúrgica está associada à de Santa
Doroteia, no mesmo dia 6 de fevereiro.
Vatican News
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