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terça-feira, 16 de março de 2021

A vida na África vale pouco, denuncia Via Sacra escrita por bispo

Nabil BOUTROS I CIRIC
por Francisco Vêneto

Morre-se antes do tempo e vive-se tão precariamente que muitas vezes me pergunto: será que há vida antes da morte?

A vida na África vale pouco, denunciou a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) por meio de uma Via Sacra composta por dom Jesús Ruiz Molina, bispo auxiliar de Bangassou, na República Centro-Africana.

O bispo de origem espanhola escreveu:

“Em quase todos os países da África subsariana, a esperança média de vida da população não chega aos 60 anos. No país em que vivo, ela é de escassos 50 anos. Morre-se antes do tempo e vive-se tão precariamente que muitas vezes me pergunto: será que há vida antes da morte? Como vale pouco a vida na África!”

A vida na África vale pouco

Segundo matéria da agência Ecclesia, dom Molina convida os fiéis a meditarem sobre a Paixão de Cristo enquanto a veem refletida no calvário de um continente “escravizado pela ganância, violentado pelo terrorismo, mergulhado tantas vezes numa pobreza quase obscena”.

A “Via Sacra África” denuncia desumanidades como a fome, as violências contra as mulheres e o escândalo brutal das crianças-soldado.

A fundação AIS observa que as reflexões propostas pelo texto “perturbam as consciências” de quem “olha para a África como um lugar subalterno”.

O texto da Via Sacra foi editado em formato de livro. Em Portugal, a fundação AIS destinará o dinheiro angariado com a venda dos exemplares a projetos em prol dos cristãos da África vitimados pela perseguição e pela intolerância religiosa.

Aleteia

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF