Religiosa com máscara caminha ao lado da Igreja da Naticidade, em Belém (AFP or licensors) |
O
estudo, que durou cinco meses para ser realizado, teve como objetivo descobrir
de que modo é mantida a presença cristã na Terra Santa, analisando o papel e a
contribuição de diversas organizações cristãs atuantes na região.
Vatican News
Existem 296 instituições cristãs em Jerusalém, na
Cisjordânia e na Faixa de Gaza, que desempenham um importante papel nos
Territórios Ocupados, oferecendo trabalho a 9.098 pessoas, das quais 5.017 são
cristãs e 4.081 são muçulmanas.
É o que revela um estudo financiado pela Dar
Al-Kalima University College of Arts and Culture (“Faculdade de Artes
e Cultura da Universidade Dar Al-Kalima”) e pela Missão Pontifícia em
Jerusalém, apresentado na terça-feira, 16, em uma coletiva de imprensa.
Os dados, relata o site abouna.org,
também revelam que US$ 416 milhões são gastos a cada ano por instituições
cristãs em setores vitais, como a assistência médica, serviços sociais, a
formação profissional e ajudas ao desenvolvimento.
Dos seis hospitais em Jerusalém, por exemplo,
quatro são ligados a Igrejas, atendendo anualmente 330.000 pessoas, fornecendo
serviços de alta qualidade que incluem hemodiálise pediátrica, serviços
oncológicos pediátricos, operações cardíacas complexas, serviços para a saúde
materna, banco de sangue, oftalmologia e assistência específica para pessoas
com deficiência.
O estudo, que durou cinco meses para ser realizado,
teve como objetivo descobrir de que modo é mantida a presença cristã na Terra
Santa, analisando o papel e a contribuição de diversas organizações cristãs
atuantes na região.
Constatou-se com o estudo que, apesar da diminuição
do número de cristãos devido à emigração, cresceram o desenvolvimento e o
trabalho promovido pelas instituições cristãs, proporcionando um apoio
necessário e vital ao povo palestino, independentemente das orientações
políticas e religiosas.
Palestino idoso durante lockdown nos Territórios Ocupados |
Durante a coletiva de imprensa, o reverendo Mitri
Al-Raheb, pastor luterano, fundador e presidente da Dar Al-Kalima
University College of Arts and Culture, afirmou que o papel das Igrejas e
das instituições eclesiásticas é bem visível e que, mesmo que os cristãos
palestinos não sejam numerosos, elss desempenham, por meio de instituições
cristãs, um papel importante e fazem parte do tecido palestino.
Já o diretor regional da Missão Pontifícia, Joseph
Hazboun, disse que as instituições eclesiásticas cristãs estão ao lado do povo
palestino há décadas, sem discriminações, especialmente nos campos da saúde,
educação e na esfera social e que por tal motivo a Missão Pontifícia se
organizou para apoiá-los e ajudá-los.
Para Hazboun, o estudo é “um importante incentivo
que impulsiona a Missão Pontifícia a continuar seu trabalho neste campo, com
foco particular nos jovens, que necessitam de maior atenção.
“Apreciamos muito o que as instituições
eclesiásticas cristãs na Palestina fizeram - disse Samer Salameh, subsecretário
do Ministério do Trabalho da Palestina -. Este papel é fruto do enraizamento e
da encarnação dessas Igrejas na sociedade palestina e de sua efetiva
contribuição para a construção da pátria”.
A intenção é a de consolidar a relação, a
cooperação e a parceria entre o governo e as instituições cristãs na qualidade
de instituições da sociedade civil palestina que se esforçam para prestar
serviços, acrescentou o subsecretário, que expressou a disposição do governo em
facilitar e apoiar seu trabalho.
Vatican News Service - TC
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