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Redação (19/03/2021, 14:40, Gaudium Press) A Espanha acaba de tornar-se o sétimo país a aprovar uma legislação que rechaça a vida. Ela entra para o cortejo lúgubre dos que incentivam a cultura da morte. Segue a Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Suíça, Canadá e Nova Zelândia que já há algum tempo aprovaram leis que facilitam e autorizam a eutanásia e o suicídio assistido.
A lei entra em vigor em três meses e ainda não foi definida como fica a objeção de consciência por parte do pessoal de saúde
A eutanásia foi aprovada no Parlamento espanhol quando 202 deputados disseram sim para a lei e 141 a rejeitaram. A “interrupção voluntária da vida” –um eufemismo para que evita que se diga a palavra assassinato– entrará em vigor em três meses e poderá ser solicitada por aqueles que sofrem de uma enfermidade grave e incurável ou de uma doença grave, crônica e incapacitante.
A lei votada na Espanha regula tanto a eutanásia quanto o suicídio assistido e prevê um procedimento especial antes de “desligar os aparelhos”, a fim de verificar se subsiste a efetiva vontade do paciente.
O solicitante, em 15 dias, deve apresentar por duas vezes o pedido para ser morto. E ainda deve demonstrar por escrito que está ciente da possibilidade, como alternativa, de recorrer aos cuidados paliativos.
É previsível que haja um pedido da Ordem dos Médicos para permitir a objeção de consciência por parte do pessoal de saúde que se opõe à interrupção antecipada da vida.
Não deixar de lado a cultura da vida, contra a cultura da morte, cuidar dos que sofrem, dos doentes terminais com ternura, misericórdia
Dom Argüello afirmo que, em vez disso, é necessário “promover uma cultura da vida e tomar medidas concretas para permitir uma vontade viva que permita aos cidadãos espanhóis expressar de forma clara e determinada seu desejo de receber cuidados paliativos”.
Para o bispo, a lei também deve permitir a possibilidade de expressar a vontade clara de não estar sujeito à aplicação desta lei sobre a eutanásia e, por parte do pessoal médico, de declarar-se objetor de consciência.
Não devemos deixar de lado a cultura da vida, –continuou o bispo de Valladolid– mas, contra a cultura da morte, cuidar dos que sofrem, dos doentes terminais com ternura, proximidade, misericórdia e encorajamento para manter viva a esperança naquelas pessoas que estão na última etapa de sua existência e que precisam de cuidado e conforto”.
A solução não é antecipar o fim da vida. A solução é cuidar do sofrimento físico e psíquico, espiritual
A Pontifícia Academia para a Vida apoia a necessidade de difundir os cuidados paliativos, não a antecâmara à eutanásia, mas uma verdadeira cultura paliativa de cuidar da pessoa inteira.
Quando não se pode mais curar, podemos sempre cuidar das pessoas.
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