Papa no Angelus na Biblioteca do Palácio Apostólico (Vatican Media) |
No
Angelus deste domingo o Papa recordou "a grande responsabilidade de nós
cristãos e de nossas comunidades". Nós também", frisou o Pontífice,
"devemos responder com o testemunho de uma vida que se doa no
serviço". "Enquanto a semente morre, é o momento em que a vida
brota".
Silvonei José – Vatican News
"Ainda hoje muitas pessoas, muitas vezes sem
dizer isso, de forma implícita, gostariam de "ver Jesus",
encontrá-lo, conhecê-lo. Disso compreendemos a grande responsabilidade de nós
cristãos e de nossas comunidades. Também nós devemos responder com o testemunho
de uma vida que se doa no serviço. Uma vida que toma sobre si o estilo de Deus:
proximidade, compaixão, ternura e se doa no serviço. Trata-se de plantar
sementes de amor, não com palavras que voam para longe, mas com exemplos
concretos, simples e corajosos":
foi o que disse o Papa Francisco durante o Angelus deste domingo recitado na
Biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano.
"Não com condenações teóricas, mas com gestos
de amor". Então o Senhor, com sua graça, nos faz dar frutos, mesmo quando
o terreno é árido por causa de incompreensões, dificuldades ou perseguições ou
pretensões de moralismos clericais: este é um terreno árido. Precisamente,
então na provação e na solidão, enquanto a semente morre, é o momento –
enfatiza o Papa - no qual a vida brota, para produzir frutos maduros em seu
próprio tempo.
É neste entrelaçamento de morte e vida – continuou
o Papa - que podemos experimentar a alegria e a verdadeira fecundidade do amor
que sempre se doa no estilo de Deus.
Para todo homem que quer procurar, Jesus "é a
semente escondida pronta para morrer a fim de dar muitos frutos": o Papa
Francisco ilustra com estas palavras o Evangelho em que São João relata um
episódio ocorrido nos últimos dias da vida de Jesus, pouco antes de Sua Paixão.
Enquanto se encontra em Jerusalém para a festa da Páscoa, alguns gregos
expressam o desejo de vê-lo. Eles se aproximam do apóstolo Felipe e lhe dizem:
"Queremos ver Jesus".
A cruz expressa o amor
No pedido daqueles gregos", diz o Pontífice,
"podemos discernir o pedido que tantos homens e mulheres, de todos os
lugares e de todas as épocas, dirigem à Igreja". Jesus responde ao pedido
dos gregos com estas palavras: "Chegou a hora de o Filho do Homem ser
glorificado". [...] Se o grão de trigo cai na terra e não morre, permanece
sozinho; mas se morre, dá muito fruto". Para conhecer e compreender
Cristo, explica Francisco, deve-se olhar "o grão de trigo que morre na
terra", deve-se olhar para a cruz.
Faz-nos pensar no sinal da cruz, - continuou o Papa
- que ao longo dos séculos se tornou o emblema por excelência dos cristãos.
Aqueles que querem "ver Jesus" hoje, talvez vindo de países e
culturas onde o cristianismo é pouco conhecido, o que eles veem antes de tudo?
Qual é o sinal mais comum que eles encontram? O crucifixo. Nas igrejas, nos
lares dos cristãos, até mesmo usado em seu próprio corpo. O importante é que o
sinal seja coerente com o Evangelho: a cruz não pode deixar de expressar o amor,
o serviço, o dom de si sem reservas: só assim é verdadeiramente a "árvore
da vida", da vida superabundante.
Que
a Virgem Maria – concluiu Francisco - nos ajude a seguir Jesus, a caminhar
fortes e felizes no caminho do serviço, para que o amor de Cristo possa brilhar
em todas as nossas atitudes e se torne cada vez mais o estilo de nossa vida
diária".
Vatican News
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