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Uma flor de bondade
Nascer em uma família rica, muitas
vezes, é uma vantagem, mas é ainda mais nascer em uma família religiosa, onde a
fé não é algo abstrato, mas uma companheira de vida, presente na vida de cada
dia mediante a oração, o jejum e a devoção.
A família Calosirto enviou Carlos Caetano para estudar junto aos agostinianos
de Ischia, para que sua formação religiosa fosse mais completa. E tinham razão.
Ali, o pequeno se apaixonou por Jesus e ali também Jesus o fez ouvir a sua voz,
que o chamava para dedicar toda a sua vida a Ele.
Humilde e grande filho de São
Francisco
Com apenas 16 anos de idade, o jovem
entrou para o convento de Santa Luzia no Monte, em Nápoles, onde mudou seu nome
para João José da Cruz no dia da sua profissão religiosa: 24 de junho de 1671.
Ali, viveu entre os Frades Menores Descalços da Reforma de São Pedro de
Alcântara, conhecidos como Alcantarinos, dos quais o atraiu a regra, que os
tornava ainda mais austeros, tanto que decidiu jamais usar sandálias.
João José foi escolhido para fundar um novo mosteiro em Piedimonte. Ali,
construiu também um pequeno eremitério, que ainda hoje é meta de peregrinações,
chamado "A Solidão".
Durante a sua vida, teve que assistir a divisão entre os Alcantarinos da
Espanha e os da Itália. Destes últimos, tornou-se Provincial e, como tal,
trabalhou por vinte anos até conseguir reunir novamente a família, apesar de
ter sido alvo de tantas críticas injustas e até calúnias, às quais respondeu
fazendo o voto de silêncio. A sua consolação era repetir: "Tudo o que Deus
permite, permite para o nosso bem"!
"Frade dos cem remendos"
João José sente-se, antes de tudo,
sacerdote, um sacerdote em missão. Ele, que sabia imitar a Irmã Pobreza com
perfeição, ia à busca dos pobres, não apenas nas esquinas das ruas, mas também
nas favelas e casebres. Durante toda a sua vida teve apenas um saio, que, com o
tempo, ficou todo remendado, mas sempre o adornava, comparando-o aos galões dos
cavaleiros. Por isso, recebeu o apelido de "frade dos cem remendos".
A este frade foram atribuídos também fenômenos, que denotam o sopro particular
da graça que o inspira: bilocações, profecias, perscrutar corações, levitações,
curas milagrosas e até uma ressurreição.
Predileção por Nossa Senhora
Desde criança, o jovem Calosirto
aprendeu, em casa, a ter uma grande devoção a Maria em casa, que, ao longo da
sua vida, aumentou sempre mais, junto com sua vocação e santidade. Ele sempre
invocava Nossa Senhora, à busca de conselhos e conforto nas situações mais
difíceis. E ela, como mãe carinhosa e fiel, o cobria de carinho e, às vezes,
até lhe permitia fazer prodígios. Como Superior dos Alcantarinos, sempre
manteve uma pequena imagem de Maria em sua escrivaninha, a qual contemplava por
longo tempo e à qual se dirigia, em oração, antes de qualquer decisão ou pronunciamento.
"Ele não sabia viver sem ela", dizem seus biógrafos e muitos
testemunhos dos frades, aos quais recomendava prestar homenagem a ela, pois
dela "receberiam consolação, ajuda e luz para resolver os problemas".
O frade confidenciou suas últimas palavras sobre Maria, no leito de morte - 5
de março de 1734 - ao Irmãozinho que o assistia: "Recomendo-lhe Nossa
Senhora": este pode ser considerado seu testamento espiritual.
O Santo é invocado, com esta oração,
para obter forças nas provações:
São João José da Cruz obtém-nos a sua
alegria e serenidade nas doenças, como também nas provações, embora saibamos
que o sofrimento é um grande dom de Deus, que deve ser oferecido com pureza ao
Pai, sem ser perturbado pelas nossas reclamações. Seguindo o seu exemplo,
queremos suportar tudo com paciência, sem fazer pesar nossas dores sobre os
outros. Pedimos ao Senhor a força e a ele agradeçamos, não apenas quando nos
proporciona alegria, mas também quando nos permite doenças e as diversas
provações.
Vatican Newss
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