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Seita Templo Satânico diz que lei texana "interfere" na "liberdade religiosa" e "prejudica" a prática do aborto como "ato religioso".
Satanistas alegam santidade do aborto como ritual religioso e processam o Estado norte-americano do Texas por causa da sua legislação “restritiva”: de fato, o Texas exige visualização de ultrassom por parte das gestantes que pretendem abortar. Para a seita ocultista Templo Satânico, essa exigência da lei texana “interfere” na “liberdade religiosa” e “prejudica” a prática do aborto como “ato religioso”.
De acordo com matéria da agência Gaudium Press, os satanistas afirmam “santificar o processo abortivo incutindo confiança e protegendo os direitos corporais”. Eles acrescentam que a interferência do Estado é “um obstáculo regulatório contra um exercício religioso”.
Satanistas alegam santidade do aborto como rito
Um boletim informativo dos satanistas declara que o ritual satânico do aborto é um “rito de destruição que serve como rito de proteção”. O objetivo de tal rito, prosseguem eles, é “eliminar as noções de vergonha, culpa e desconforto mental que uma paciente pode sentir devido à escolha do aborto legal e clinicamente seguro”.
O texto do Templo Satânico ainda critica as leis de vários Estados norte-americanos por imporem “períodos de espera e aconselhamento obrigatório”, que, segundo a seita, podem “exacerbar sentimentos de desconforto e ansiedade” nas mulheres solicitantes de aborto.
A legislação texana sobre o aborto
O aborto no Texas é legalizado até a 20ª semana de gestação, mas o Estado exige que a gestante faça uma ultrassonografia e que a imagem do nascituro lhe seja mostrada e explicada. Ela deve então aguardar ao menos 24 horas após o ultrassom para poder abortar. Além disso, a legislação estadual exige que a gestante receba uma lista de agências de adoção e fotos coloridas e realistas que mostrem o desenvolvimento do feto durante a gestação. O objetivo dessas medidas é que a gestante tenha consciência da realidade biológica da gestação antes de optar por exterminá-la.
O Templo Satânico, porém, contesta essa obrigatoriedade alegando que “o corpo da pessoa é inviolável e sujeito apenas à sua vontade”.
Aleteia
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