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sexta-feira, 30 de abril de 2021

Nova datação por radiocarbono poderá apontar idade exata dos Manuscritos do Mar Morto

Pascal Deloche / Godong
Por J-P Mauro

A pesquisa aposta nos avanços na datação por carbono-14 e na paleografia para obter resultados mais precisos.

Os Manuscritos do Mar Morto estão sob análise de carbono-14 pela primeira vez em décadas. Desta vez, o processo incluirá um estudo paleográfico dos caracteres escritos. Os estudiosos acreditam que o acréscimo da paleografia, o estudo da caligrafia antiga, pode definir com mais exatidão a data em que eles foram escritos.

O site Jerusalem Post relata que o trabalho está sendo conduzido pela Universidade de Groningen, na Holanda. Embora a pesquisa ainda esteja em andamento, relatórios preliminares sugerem que os pergaminhos podem ser mais antigos do que apontaram estudos anteriores. A última vez que os pesquisadores submeteram os pergaminhos à análise de carbono-14 foi durante a década de 1990.

A natureza destrutiva da datação por carbono 14 (radiocarbono) há muito impediu uma análise mais aprofundada do material histórico. O processo, que mede a degradação do nitrogênio no radiocarbono, requer o sacrifício de um fragmento do material. Avanços recentes nesta tecnologia, no entanto, limitaram o impacto desta técnica.

Paleografia

Encorajados pela nova tecnologia, os estudiosos escolheram 30 pergaminhos para examinar. É aqui que entra o departamento de paleografia da Universidade de Groningen. Ao apresentar suas descobertas a uma inteligência artificial de última geração, eles poderão analisar os caracteres escritos à mão . 

Normalmente, esses caracteres seriam comparados a manuscritos antigos da mesma época. Ao examinar as diferenças mínimas no estilo, os paleógrafos podem rastrear a caligrafia em um determinado período de tempo . Nesse caso, porém, não há manuscritos da mesma época para se fazer a comparação.

Em vez disso, os pesquisadores compararão os pergaminhos entre si ou com os primeiros manuscritos que temos. Mas essa comparação deve trazer um obstáculo diferente. O pesquisador líder, Prof Mladen Popović, observou:

“No que diz respeito à datação dos manuscritos, os dados do nosso modelo mostram que não houve uma boa progressão e desenvolvimento contínuo dos caracteres, mas sim que às vezes houve muito desenvolvimento e às vezes nem tanto. Os caracteres não se desenvolveram de forma linear homogênea ao longo desses períodos.”

Enfim, apesar de a pesquisa ainda estar em andamento, os resultados preliminares deixam os especialistas otimistas de que poderemos em breve ter uma datação mais precisa dos Manuscritos do Mar Morto. 

Aleteia

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF