As exéquias de Nadia foram realizadas nesta quarta-feira (28), no Peru | Vatican News |
O
bispo de Chimbote, dom Angel Francisco Simon Piorno, celebrou nesta
quarta-feira (28) o funeral de Nadia De Munari, a voluntária permanente da
Operação Mato Grosso. A missionária foi agredida na quarta-feira passada e
morreu no sábado (24). Em um telegrama ao prelado, Francisco oferece orações
pela falecida Nadia, de 50 anos, e lembra dos muitos missionários que perderam
a vida durante o serviço ao Evangelho e "aos mais necessitados e
indefesos".
Alessandro Di Bussolo - Vatican News
O funeral de Nadia De Munari, a missionária leiga
da Operação Mato Grosso que morreu no sábado (24), após violenta agressão
sofrida na noite entre terça e quarta-feira no seu quarto, no Centro
Educacional "Mamma Mia" que dirigia em Nuevo Chimbote, foi realizado
nesta quarta-feira (28) na mesma cidade, no Peru. As exéquias, na Igreja de
Assunção da Virgem Maria, foram presididas por dom Angel Francisco Simon
Piorno, bispo de Chimbote, cidade costeira peruana onde trabalhava a voluntária
vicentina, de 50 anos.
Ela dirigia 5 creches e uma escola elementar do
movimento fundado por padre Ugo De Censi. Um serviço para mais de 500 crianças
na favela de Nuevo Chimbote, que acolhe migrantes em busca de um modo de vida,
que desceram das aldeias muito pobres dos Andes, no que o povo do lugar chegou
a chamar de "invasão". Todos os sacerdotes missionários italianos da
entidade presentes no Peru concelebraram. Muitas crianças assistidas pela
missionária também estavam presentes nas exéquias. (Assista ao vídeo do funeral).
O telegrama do Papa: desaprovação
firme pela violência
Para a ocasião, o Papa Francisco enviou um
telegrama em espanhol, assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro
Parolin, ao bispo de Chimbote, através do núncio apostólico no Peru. O
Pontífice reiterou "a mais firme desaprovação por este novo e
injustificável episódio de violência, que se soma a muitos outros em que os missionários
perderam a vida enquanto realizavam com abnegação o próprio serviço a serviço
do Evangelho e da assistência aos mais necessitados e indefesos".
Orações por Nadia e proximidade aos
pais
"Enquanto oferece orações pelo descanso eterno
da alma desta voluntária e a confia à intercessão da Mãe de Deus", o Papa
expressa no telegrama a própria "proximidade paterna aos pais, familiares
e parentes, assegurando a sua lembrança na oração e a sua bênção sobre todos
aqueles que participarão das exéquias, tanto no Peru como, o mais rápido
possível, na Itália".
Pelo menos duas semanas para a
chegada do corpo na Itália
Para a chegada do corpo de Nadia na Itália, em
Schio, onde Nadia nasceu e onde vive a sua família, serão necessários cerca de
20 dias, segundo o prefeito Valter Orsi que nestes dias esteve em contato com
os pais da voluntária. A autópsia foi realizada, a investigação está em
andamento, mas ainda levará mais de duas semanas para liberar a transferência
do corpo.
O prefeito explicou à imprensa local que estão
"em contato constante com a Farnesina e pediu que o custo da viagem do
corpo da nossa Nadia fosse suportado pelo ministério. A família de Nadia é
muito unida, está vivendo a dor com grande dignidade, extremamente provada pela
tragédia. Mas levará mais alguns dias, também porque o Peru não aderiu à
convenção que poderia acelerar a repatriação do corpo".
O último adeus em Giavenale di Schio,
a paróquia de Nadia
Os
dias, então, são de espera para os pais idosos de Nadia, Teresina e Remigio,
para as duas irmãs e para toda a comunidade de Giavenale, um vilarejo onde vive
a família, e de Monte Malo, onde vive a fraternidade missionária ligada à
Operação Mato Grosso que apoiava Nadia no serviço no Peru. Há uma longa
expectativa para poder dar o último adeus terreno e para sepultar esta filha da
região do Vêneto, na Itália, que passou mais da metade de sua vida na América
Latina, a serviço dos pobres.
Vatican News
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