Basílica de São Pedro no Vaticano. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa |
Vaticano,
16 abr. 21 / 11:35 am (ACI).- Por ocasião do mês do Ramadã 2021, que
começou este ano em 13 de abril, o Pontifício Conselho para o Diálogo
Inter-religioso exortou os muçulmanos de todo o mundo a ser portadores,
testemunhas e construtores de esperança.
“Nós,
cristãos e muçulmanos, somos chamados a ser portadores de esperança para a vida presente
e futura, e testemunhas, construtores e reparadores desta esperança,
especialmente para aqueles que vivem dificuldades e desespero”, afirma a
mensagem vaticana assinada em 29 de março e divulgada em 16 de abril.
No
mês do Ramadã, os muçulmanos devem jejuar.
Na mensagem intitulada "Cristãos e muçulmanos: testemunhas de
esperança", o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso enviou
"desejos fraternos para um mês repleto de bênçãos divinas e de crescimento
espiritual" e destacou que "o jejum, a oração, a esmola e outras
práticas piedosas nos aproximam de Deus nosso Criador e de todos aqueles com
quem vivemos e trabalhamos, ajudando-nos a continuar no caminho da
fraternidade”.
“Durante
estes longos meses de sofrimento, angústia e dor, especialmente nos períodos de
confinamento, percebemos a necessidade de assistência divina, e de expressões e
gestos de solidariedade fraterna, como um telefonema, uma mensagem de apoio e
conforto, uma oração, ajuda para comprar remédios ou alimentos, conselhos e, em
palavras simples, a segurança de saber que alguém está ao nosso lado no momento
da necessidade”, diz o texto.
“A
assistência divina, especialmente necessária e procurada sobretudo em
circunstâncias como a atual pandemia, é múltipla: divina misericórdia, perdão,
providência e outros dons espirituais e materiais. No entanto o que realmente
precisamos mais nestes dias é de esperança", acrescenta a mensagem.
O
texto do vaticano lembrou que “a esperança inclui o otimismo, mas vai além
disso. O otimismo é uma atitude humana, enquanto a esperança está enraizada em
algo religioso: Deus nos ama e, portanto, cuida de nós com sua Providência,
através de seus caminhos misteriosos, que nem sempre são compreensíveis por
nós”.
A
esperança "surge da nossa convicção de que os problemas e provações têm um
significado, um valor e um propósito, não importa o quão difícil ou impossível
seja para nós entender o motivo ou encontrar uma saída" diz o texto, que
encoraja a conservar “a convicção da bondade que está no coração de cada
pessoa”, bem como a se opor a todos os pensamentos e atitudes prejudiciais
“para reforçar a esperança em Deus e a confiança em todos os nossos irmãos”.
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