S. Alexandre de Jerusalém, Século 15 | Vatican News |
O "caso" Orígenes
Alexandre guiou Jerusalém como pastor
atencioso, sobretudo, com as necessidades culturais das suas ovelhas. Na Cidade
Santa, fundou uma biblioteca e uma escola, inspirando-se no modelo daquela
Alexandrina.
Durante seu episcopado, teve que se ocupar com a rivalidade entre o teólogo
Orígenes - que já conhecia em Alexandria - e seus superiores. De fato, Orígenes
recebeu do Bispo de Alexandria o encargo de dirigir uma escola de catecismo.
Porém, o teólogo começou a ensinar também ciências profanas – sobretudo
filosofia – ciente de que, especialmente, o ensino da religião precisava de um
maior aprofundamento cultural.
Não obstante fosse leigo, Orígenes começou a fazer pregações nas igrejas. Este
seu comportamento irritou o Bispo, que o impediu de falar publicamente sobre as
Escrituras, a não ser na presença de um pastor.
Impressionado com a profundidade de pensamento do teólogo, Alexandre o defendeu
e até o ordenou sacerdote, em 230. Desta forma, ele pôde continuar, sem
dificuldade, suas pregações, que eram tão preciosas, a ponto de ser requisitado
até em Cesareia e na própria Cidade de Jerusalém.
Perseguições e martírio
Entretanto, em Roma, entre 202 e 203,
Septímio Severo retomava a perseguição aos cristãos. Alexandre encontrava-se
ainda em Alexandria, onde ficou preso até 211. Com a segunda onda de
perseguições, por parte de Décio, ele não teve escapatória: foi preso em
Cesareia e passou por muitas torturas, mas em vão: “A glória dos seus cabelos
brancos e a sua grande santidade formaram uma dupla coroa para o seu
cativeiro", escreveram os historiadores.
Esgotado por tantos sofrimentos, Alexandre morreu na prisão, em 250, e é
venerado como mártir da fé. Dos seus numerosos escritos, permaneceram apenas
fragmentos de quatro Cartas, propagadas por Eusébio e São Jerônimo.
Vatican News
Nenhum comentário:
Postar um comentário