S. José operário, protetor dos trabalhadores, 1370 ca. (© Musei Vaticani) |
Carpinteiro, ferreiro, serralheiro:
assim era São José - como narram os Evangelhos -, além de ser esposo de Maria e
pai terreno de Jesus. Com a sua vida de operário honesto, São José enobrece o
trabalho manual, com o qual mantinha sua Sagrada Família, e participa do plano
salvífico.
José, o "Justo"
Assim é chamado pelas Escrituras. Com
esta denominação de "o Justo", a linguagem bíblica define todos
aqueles que amam e respeitam a Lei, como expressão da vontade de Deus, como
José.
Descendente da Casa de Davi, ainda não tinha idade avançada quando ficou noivo
de Maria. Como a sua noiva, ele também disse "sim" ao anjo, que lhe
apareceu em sonhos, para tranquilizá-lo sobre a gravidez de Maria, fruto do
Espírito Santo. A sua característica é o escondimento, manter-se à distância.
Quando Jesus começou sua vida pública, com o casamento de Caná, o Novo
Testamento não o menciona mais: provavelmente ele teria morrido, mas não
sabemos como e quando, muito menos onde foi sepultado.
Trabalho: participação do desígnio
divino
Como um pai que ensina seus filhos a
arte do trabalho, assim José também o fez com Jesus. Ele mesmo foi chamado,
várias vezes, nos Evangelhos, como "o filho do carpinteiro" ou
simplesmente "carpinteiro". Logo, acima de tudo, São José representa
a dignidade do trabalho humano, dever e perfeição do homem, exerce seu domínio
sobre a Criação, prolonga a obra do Criador, presta serviço à comunidade e
contribui para o plano de salvação.
José amava seu trabalho. Nunca reclamava do cansaço, mas, como homem de fé, o
elevou à prática da virtude; sempre demonstrou sua felicidade, pois não
aspirava à riqueza e não invejava os ricos: para ele, o trabalho não era um
meio para satisfazer sua ganância, mas apenas um meio para sustentar a família.
Depois, segundo a prescrição para os judeus, aos sábados, ele observava o
descanso semanal e participava das celebrações.
Não devemos nos surpreender com este nobre conceito do trabalho mais humilde, o
manual: de fato, no Antigo Testamento, Deus é representado, em tempo oportuno, como
vinheiro, semeador, pastor.
Dia de São José Operário
Este dia foi estabelecido,
oficialmente, por Pio XII, em 1° de maio de 1955, para ajudar os trabalhadores
a não perderem o sentido cristão do trabalho, assim expresso. Mas, por sua vez,
Pio IX já havia, de alguma forma, reconhecido a importância de São José, como
trabalhador, quando o proclamou Padroeiro universal da Igreja.
O conceito do trabalho, como meio de salvação eterna, foi retomado também por
São João Paulo II em sua Encíclica “Laborem Exercens”, onde é chamado
"Evangelho do trabalho". Parece ainda que até o Cardeal Roncalli -
futuro Papa João XXIII - eleito como Sucessor de Pedro, pensou em escolher o
nome José, porque era muito devoto do Santo, pai terreno de Jesus.
Enfim, muitos outros Santos também foram devotos de São José, como Santa Teresa
de Ávila.
Vatican News
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