S. Paulo VI. papa | Vatican News |
Ofícios no Vaticano
Em 1923, Montini recebeu seu primeiro
encargo pela Secretaria de Estado do Vaticano, que o designa à Nunciatura
Apostólica de Varsóvia. No ano seguinte, foi nomeado Minutador. Naquele
período, participou, de perto, das atividades de estudantes universitários
católicos, organizadas pela FUCI, da qual foi assistente eclesiástico nacional,
de 1925 a 1933.
João Batista Montini foi um estreito colaborador do Cardeal Eugênio Pacelli, ao
lado do qual permaneceu sempre, até quando foi eleito Papa, em 1939, com o nome
de Pio XII. Foi Montini que preparou o esboço do inútil extremo apelo pela paz,
que o Papa Pacelli lançou, através do rádio, em 24 de agosto de 1939, às
vésperas do grande conflito mundial: “Com a paz, nada se perde! Com a guerra,
pode-se perder tudo!"
Da Igreja Ambrosiana ao Trono
Pontifício
Em 1954, João Batista Montini
tornou-se, repentinamente, Arcebispo de Milão. Com isto, demonstrou o
verdadeiro pastor oculto em si, dedicando atenção especial aos problemas do
mundo do trabalho, à imigração e às periferias: promoveu a construção de mais
de cem novas igrejas, lugares apropriados para desenvolver sua "Missão de
Milão", em busca dos "irmãos distantes".
Dom Montini recebeu, antes, a púrpura cardinalícia de João XXIII, em 15 de
dezembro de 1958, e participou do Concílio Vaticano II, onde apoiou,
abertamente, a linha reformadora.
Após a morte de Ângelo Roncalli, foi eleito Papa, em 21 de junho de 1963,
escolhendo o nome de Paulo, com uma clara referência ao Apóstolo dos Gentios.
A força reformadora do Concílio
Um dos objetivos fundamentais de
Paulo VI foi dar continuidade, em todos os aspectos, à obra do seu predecessor.
Por isso, retomou os trabalhos do Concílio Vaticano II, conduzindo-os com
atenciosas mediações, favorecendo e moderando a maioria reformadora, até à sua
conclusão, em 8 de dezembro de 1965. Mas, antes, foi anulada a mútua
excomunhão, ocorrida, em 1054, entre Roma e Constantinopla.
Coerente com a sua inspiração reformadora, atuou uma profunda ação
transformadora das estruturas do governo central da Igreja, criando novos
organismos para o diálogo com os não cristãos e os infiéis, instituindo o
Sínodo dos Bispos e encaminhando a reforma do Santo Ofício.
Comprometido com a difícil tarefa de implementar e aplicar as orientações, que
emergiram no Concílio Vaticano II, Paulo VI deu impulso também ao diálogo
ecumênico, mediante encontros e iniciativas relevantes. O impulso renovador, no
âmbito do governo da Igreja, traduziu-se, depois, na reforma da Cúria, em 1967.
As Encíclicas em diálogo com a Igreja
e com o mundo
O desejo de Paulo VI de dialogar no
âmbito eclesial, com as várias confissões e religiões e com o mundo, esteve ao
centro da sua primeira encíclica “Ecclesiam suam” de 1964, seguida por outras
seis, entre as quais a “Populorum progressio” de 1967, sobre o desenvolvimento
de os povos, que teve uma ampla ressonância, e a “Humanae vitae” de 1968,
dedicada à questão dos métodos de controle da natalidade, que suscitou inúmeras
controvérsias, até em muitos ambientes católicos.
Outros documentos importantes do pontificado de Paulo VI foram a Carta
apostólica “Octogesima adveniens” de 1971, pelo pluralismo do compromisso
político e social dos católicos, e a Exortação apostólica “Evangelii nuntiandi”
de 1975, sobre a evangelização do mundo contemporâneo.
A novidade das Viagens Apostólicas
As ideias inovadoras de Paulo VI não
se restringiram apenas no âmbito do Vaticano. Ele foi o primeiro Papa a dar
início ao costume de fazer viagens, desde a sua eleição: ao período conciliar,
remontam suas três primeiras Viagens, das nove, que, durante seu Pontificado, o
levaram aos cinco Continentes. Em 1964, foi à Terra Santa, depois à Índia e, em
1965, a Nova Iorque, onde fez um discurso histórico diante da Assembleia Geral
das Nações Unidas. Em território italiano, fez dez Visitas pastorais.
A aspiração mundial deste Papa pode ser percebida também na obra de maior
ênfase do caráter de representação universal do Colégio Cardinalício e do papel
central da política internacional da Santa Sé, sobretudo pela paz. A propósito,
instituiu o Dia Mundial da Paz, celebrado todos os anos, desde 1968, no dia 1º
de janeiro.
Seus últimos anos e falecimento
A fase final do Pontificado de Paulo
VI foi assinalada, dramaticamente, pelos fatos históricos do sequestro e morte
do seu amigo, Aldo Moro, pelo qual, em abril de 1978, fez um apelo às Brigadas
Vermelhas pedindo a sua libertação, mas em vão.
Paulo VI faleceu, quase improvisamente, na noite de 6 de agosto do mesmo ano de
1978, na residência apostólica de Castel Gandolfo, e foi sepultado na Basílica
Vaticana. Foi proclamado Beato, em 19 de outubro de 2014, pelo Papa Francisco,
que também o canonizou na Praça de São Pedro, em 14 de outubro de 2018.
Oração de Paulo VI
Eis a oração que Paulo VI rezava nos
momentos de dificuldade:
Senhor, eu creio; eu quero crer em vós.
Senhor, fazei que a minha fé seja plena.
Senhor, fazei que a minha fé seja livre.
Senhor, fazei que a minha fé seja firme.
Senhor, fazei que a minha fé seja forte.
Senhor, fazei que a minha fé seja alegre.
Senhor, fazei que a minha fé seja ativa.
Senhor, fazei que a minha fé seja humilde.
Amém.
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