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Conheço um Coração tão manso, humilde e sereno; com esta frase, da música do Pe. Joãozinho, apresentamos o mistério central do nosso Deus: seu Coração amoroso e compassivo que anima, conforta e cura nossa saudade e desejo de inteireza e perdão. Num país dividido e doente pela Pandemia, que ainda continua ceifando vidas, descobrir a companhia amiga e consoladora de um Deus que sempre está a procurar-nos, é fonte de luz e esperança.
Nele, mergulhamos na misericórdia que nos faz concertar nosso pobre coração machucado e tão sedento de apoio e acolhida. Com Ele, aprendemos a restaurar relacionamentos, renovar afetos, ser pacientes e suportar as nossas fraquezas e as misérias alheias. Somos capazes de perdoar e recomeçar de novo, não só no plano pessoal, mas escolher a não violência e a firmeza da verdade como estilo de vida e forja de uma política de amizade social e de comunhão como afirma o Papa Francisco.
A ternura, que nos faz partir das nossas fragilidades para compreender e amar os outros onde estão, e como são, respeitando processos e ritmos diferentes, bem como a diversidade de pontos de vista. O Sagrado Coração prioriza sempre as pessoas, superando preconceitos ideológicos ou técnicas de manipulação, reconhecendo a singularidade e a riqueza interior de cada ser humano, seja de credo, raça, etnia ou grupo social.
Sendo frágua de amor e fonte de paz e reconciliação, se torna caminho inspirador da civilização da ternura e da partilha, que a Encíclica Fratelli Tuti propõe e assinala. Para o Sagrado Coração não existem pessoas irrecuperáveis ou fatalmente inimigas, senão irmãos como o filho pródigo, a serem reencontrados e salvos da morte e do sem sentido da sua existência. Coração que abraça também a toda criatura e ser vivo, pois a fraternidade é universal e nos une à toda a Terra que, como afirma São Paulo, geme dores de parto até que se manifeste plenamente a glória dos filhos de Deus.
Que, iluminados e conduzidos por esta presença cordial e transformadora, nos tornemos cada vez mais em cuidadores e amigos dos pobres, pequenos e sofredores, compartilhando, como Jesus, suas dores, esperanças e sonhos na construção do Reino definitivo. Deus seja louvado!
Fonte: CNBB
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