“As crianças são o futuro da família humana: cabe a todos nós promover o seu crescimento, saúde e serenidade”. |
O
Papa recorda com um tweet o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil. De fato,
são dezenas de milhões de crianças, muitas delas na África, muitas vezes
forçadas a trabalhar em condições miseráveis, sem proteção para a saúde e
privadas de educação.
Michele Raviart - Cidade do Vaticano
“As crianças são o futuro da família humana: cabe a
todos nós promover o seu crescimento, saúde e serenidade”. Com este tweet na
sua conta @Pontifex, o Papa Francisco recordou o Dia Mundial contra o Trabalho
Infantil celebrado neste dia 12 de junho em todo o mundo.
Naquele que as Nações Unidas estabeleceram como o
ano dedicado ao combate a este fenômeno, 2021 registra 160 milhões de menores
que passam seus dias trabalhando em vez de ir à escola e viver sua infância com
alegria.
Os apelos de Francisco
“Tantas pessoas, ao invés de fazê-los brincar, os
fazem escravos: isso é um flagelo. Uma infância serena permite às crianças
olhar com confiança para a vida e para o amanhã. Ai de quem nelas sufoca o
alegre impulso da esperança”, disse o Papa em 2013, durante o primeiro ano de
seu Pontificado. “Faço um apelo às instituições para que realizem todos os
esforços para proteger os menores, preenchendo as lacunas econômicas e sociais
que estão na base da dinâmica distorcida em que infelizmente estão envolvidos”,
havia reiterado na véspera do Dia contra o Trabalho Infantil no ano passado.
Quadro que se agravou na pandemia
Com as consequências econômicas e sociais da
pandemia do coronavírus, o número de crianças forçadas a trabalhar aumentou
pela primeira vez em vinte anos. O convite do Pontífice dirigido aos países do
mundo na mensagem em vídeo por ocasião da 75ª Assembleia Geral das Nações
Unidas, em 25 de setembro passado, foi o de "não ignorar as consequências
devastadoras da crise Covid-19 sobre as crianças", que aos milhões
"não podem voltar à escola. Uma situação que, "em muitas partes do
mundo", ameaça aumentar o trabalho infantil, a exploração, o abuso e a
desnutrição".
Drama de áreas pobres, mas não só
De acordo com dados fornecidos pelo Instituto de
Estudos Políticos Internacionais (ISPI), a maior parte dos menores entre 5 a 17
anos envolvidos em trabalho infantil, mais de 86 milhões, encontram-se na
África Subsaariana, que é também o lugar onde as crianças menores de idade de
11 anos são mais exploradas.
Na
Ásia, o trabalho infantil afeta mais de 50 milhões de crianças, principalmente
no Sudeste Asiático. É impressionante que mesmo nas áreas mais ricas do
planeta, Europa e América do Norte, existam quase 4 milhões de menores
trabalhando.
Fonte: Vatican News
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