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Andressa Collet – Vatican News
Uma mensagem de encorajamento do Papa foi dirigida na manhã desta sexta-feira (25) aos participantes da II Conferência Nacional da Saúde Mental que, durante dois dias, em modalidade virtual, vai debater sobre os desafios e problemas enfrentados por quem sofre de distúrbios psíquicos na Itália. Inclusive em se tratando de um contexto pós-pandêmico que reforça a preocupação em oferecer condições adequadas de tratamentos, fazendo “prevalecer a cultura da comunidade sobre a mentalidade do descarte”.
Os desafios da Itália no atendimento aos pacientes
A segunda edição do simpósio acontece após 20 anos da primeira e marca a conclusão de um percurso de aprofundamento dentro de grupos técnicos do Ministério da Saúde. A Itália, segundo Nerina Dirindin, especialista do governo na área de saúde mental, afirma que o país, apesar de ser considerado pela OMS como “ponto de referência para a desinstitucionalização, o fechamento de manicômios e a ativação de uma rede de serviços territoriais”, as pessoas com distúrbios mentais “continuam recebendo respostas inadequadas”. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (ISTAT), mais de 3 milhões de adultos precisam de atendimento nessa área.
Uma realidade que ratifica ser de “máxima importância adquirir cada vez mais conhecimento das exigências profissionais e humanas necessárias para cuidar dos nossos irmãos e irmãs”, afirma o Papa na mensagem, para atender “às condições daqueles que sofrem de distúrbios mentais, oferecendo-lhes tratamento adequado” para o bem deles e da sociedade.
A missão que une ciência e cuidado solidário
Francisco, assim, exorta tanto o fortalecimento do sistema de saúde para a proteção de doenças mentais, incluindo o apoio à pesquisa científica, como a promoção de associações e do voluntariado que cuidam dos pacientes e das famílias. É dessa forma que não irá faltar “o calor e o afeto de uma comunidade”, diz o Pontífice, ao acrescentar:
O desejo do Papa também é para que a conferência possa inspirar as instituições, agências educacionais e de outras esferas da sociedade, “uma sensibilidade renovada” por aqueles que sofrem de problemas de saúde mental e são “marcados pela fragilidade”. É também uma questão de ajudar a “fazer prevalecer a cultura da comunidade sobre a mentalidade do descarte”, enfatiza Francisco.
Ao finalizar a mensagem, o Pontífice também recorda o quanto esses pacientes, “na sensibilidade que acompanha a fragilidade deles, sentiram com particular gravidade os efeitos psicológicos devastadores da pandemia”. Assim como os próprios profissionais de saúde que enfrentaram enormes desafios, mostrando a todos “a necessidade de ter fórmulas apropriadas de assistência à saúde para não deixar ninguém para trás e para cuidar de todos de uma forma inclusiva e participativa”. O último desejo do Papa, enfim, é para que os participantes da conferência continuem “no caminho fecundo do cuidado solidário”.
Fonte: Vatican News
Arquidiocese de Brasília
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