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BOGOTÁ,
16 jul. 21 / 02:08 pm (ACI).- A
eutanásia é moralmente inaceitável em qualquer situação, disse dom Francisco
Antonio Ceballos Escobar, bispo de Riohacha, na Colômbia. Uma ação ou uma
omissão, com a intenção de provocar a morte para suprimir a dor “constitui um
homicídio gravemente contrário à dignidade da pessoa humana e ao respeito do
Deus vivo, seu criador”, disse Ceballos, que é presidente da Comissão Episcopal
de Promoção e Defesa da Vida da Colômbia, em mensagem de vídeo.
As
declarações do bispo se devem ao avanço da eutanásia rumo à legalização na
Colômbia. Em 2015, a Corte Constitucional da Colômbia emitiu uma sentença pela
qual a eutanásia, embora continue sendo crime, não é mais punida. No início
deste mês, o Ministério da Saúde da Colômbia emitiu resolução sobre os
procedimentos para exercer o direito “a morrer com dignidade”, legitimando a
aplicação da eutanásia no país.
Em
sua vídeo-mensagem, dom Ceballos disse que “é importante afirmar que para a
moral cristã a vida é sagrada e deve ser tutelada desde a concepção até a morte
natural”. Ele citou o quinto mandamento de Deus que diz: “não matarás”.
Ele
citou também o Catecismo da Igreja Católica, que ensina: “Aqueles que
têm uma vida deficiente ou enfraquecida reclamam um respeito especial. As
pessoas doentes ou deficientes devem ser amparadas, para que possam levar uma
vida tão normal quanto possível” (n. 2276).
O
bispo frisou que, apesar de que o catecismo legitime a interrupção de
tratamentos “onerosos, perigosos, extraordinários ou desproporcionais aos
resultados”, isso não significa uma pretensão de provocar a morte. Mesmo que a
morte seja iminente, “os cuidados habitualmente devidos a uma pessoa doente não
podem ser legitimamente interrompidos”, porque “os cuidados paliativos
constituem uma forma excepcional da caridade desinteressada”.
“Antes
que eutanásia, se deveria encorajar, no mundo da medicina e da jurisprudência,
os cuidados paliativos. Isso sim é ajudar a morrer com dignidade, pois a
medicina paliativa se propõe humanizar o processo da morte e acompanhar até o
final”, afirmou. “Não há enfermos incuidáveis, ainda que
sejam incuráveis”.
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