Missão brasileira no Haiti | Vatican News |
A
ideia é que sejam as congregações do Brasil a organizar a presença das
religiosas no Haiti e não mais a CNBB, a CRB e a Cáritas. Em Porto Príncipe,
missionária comenta apelo do Papa depois do assassinato do presidente.
Bianca Fraccalvieri - Cidado do Vaticano
Neste sábado (17/07), tem início uma nova fase da
presença da Igreja brasileira no Haiti.
Em 2010, a Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB), a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e a Caritas
Brasileira se uniram para ajudar concretamente o país depois do terremoto que
devastou a ilha. Projetado inicialmente para durar três anos, a missão
intercongregacional ainda está de pé.
Mas agora, a ideia é que sejam as congregações a
organizar a presença das religiosas no Haiti. Por isso, a capela Nossa Senhora
Aparecida (sede da CNBB) acolhe este sábado uma missa em Ação de Graças pela
Missão realizada durante todos estes anos. A celebração será presidida pelo
bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portela
Amado.
A consolação do Papa
Contudo, esta fase de transição se realiza num dos
períodos mais conturbados politicamente, com o assassinato na semana passada do
presidente Jovenel Moise.
Os missionários brasileiros estavam em retiro quando
chegou a notícia. O Papa Francisco prontamente se solidarizou num primeiro
momento através de um telegrama e, depois, no Angelus do último domingo com
este apelo:
“Uno-me
ao forte apelo dos bispos do país para ‘depor as armas, escolher a vida,
escolher viver juntos fraternalmente no interesse de todos e no interesse do
Haiti’. Sinto-me próximo ao querido povo haitiano; faço votos de que cesse a
espiral de violência e a nação possa retomar o caminho rumo a um futuro de paz
e de concórdia.”
Do Haiti, Irmã Ideneide do Rêgo, da Congregação das
Irmãs Carmelitas da Divina Providência, assim comenta estas palavras.
A
mensagem do Papa sempre traz uma grande luz. Com isso, a gente se sente
automaticamente fortalecido, que o nosso Papa está em sintonia conosco. Essas
palavras são iluminadoras aqui no Haiti. Estávamos em retiro e a cada dia, de
acordo com a proposta do Evangelho, sempre vinha uma palavra do Papa. Então a
gente já estava com as palavras dele encarnadas na nossa vida e na nossa fé. E
saindo do retiro, é como se a gente confirmasse de que ele está presente no
meio de nós. Quando aconteceu tudo isso eu pensei: 'será que o Papa está
sabendo disso tudo?' e de repente a gente recebe esta palavra de
conforto. São essas coisas que nos fortalecem.
Fonte: Vatican News
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