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Redação (10/08/2021 14:26, Gaudium Press) Avança a largos e cadenciados passos a “comunistização” de Hong Kong, desaparecendo, assim, o sentido do slogan: “um país, dois sistemas”. Sob pressão de Pequim, se autodissolve o Sindicato dos Professores de Hong Kong (PTU), que reunia 90% dos professores, com cerca de 95.000 adeptos.
Há uma semana, o jornal comunista chinês Cotidiano do Povo e a agência oficial de notícias Xinhua repetiram a sentença decretada por seus chefes: “Este sindicado é um tumor maligno que deve ser erradicado”. Esta sentença revela que a imprensa é, nas mãos comunistas, simplesmente mais um porta-voz daquele que maneja as rédeas do poder.
Depois disso, para os professores, não havia mais nada a fazer.
“Era inútil lutar”
Após “forte pressão” das autoridades, “o sindicato não teve escolha”, declarou Fung Wai-wah, seu presidente. “Diante do Partido Comunista Chinês e do governo local, era inútil lutar de frente”, explica Wai-wah, confirmando que o governo local de Hong Kong não goza de nenhuma independência.
“Tínhamos que evitar humilhações, prisões, demissões e julgamentos dos quais não teríamos escapado. É melhor dissolver e deixar de existir do que ser violentamente reprimido”, sublinha Wai-wah, lembrando certamente do destino de pessoas como vários dos jornalistas do crítico Apple Daily, que estão atrás das grades.
É claro que a perseguição não se limita a professores e jornalistas, mas também tem atingido parlamentares, assistentes sociais, advogados e juízes.
O sindicato foi acusado por comunistas e autoridades locais de “espalhar propaganda política” e desempenhar um papel crucial nas manifestações pró-democracia de 2019. As autoridades de Hong Kong também acusaram o sindicato de “imergir a escola na política” e de não saber “ensinar aos alunos a distinção entre o bem e o mal”.
Contra quem serão agora dirigidos os ataques do comunismo em Hong Kong? Cedo ou tarde, a Igreja será atingida.
É evidente que a dissolução do Sindicato dos Professores reforçará o êxodo que está havendo de Hong Kong.
Com informações de La Croix
Fonte: https://gaudiumpress.org/
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