TIZIANA FABI | AFP |
A declaração de Francisco aos jesuítas da Eslováquia, durante a viagem apostólica da semana passada.
“Alguns me queriam morto”, declarou o Papa Francisco em seu encontro com os jesuítas da Eslováquia, durante a viagem apostólica que fez ao país na semana passada.
Quando um dos jovens jesuítas lhe perguntou como estava, o Papa respondeu:
“Ainda estou vivo. Mesmo que alguns me quisessem morto. Sei que até houve encontros entre prelados que achavam que o que se passava com o Papa era mais grave do que se dizia. Estavam preparando o conclave”.
Francisco se referiu ao período que passou internado em Roma após uma cirurgia no cólon no começo de julho.
“Paciência! Graças a Deus estou bem. Fazer aquela cirurgia foi uma decisão que eu não queria tomar: foi uma enfermeira que me convenceu”.
E, com bom humor, completou:
“Às vezes, os enfermeiros entendem mais a situação do que os médicos, porque estão em contato direto com os pacientes”.
A conversa com a comunidade jesuíta da Eslováquia ocorreu no domingo passado, 12 de setembro, e foi divulgada hoje, 21, pela revista italiana “La Civiltà Cattolica“.
A matéria repercutiu em centenas de veículos de informação e em sites oficiais de dioceses, como a de Braga, em Portugal.
“Alguns me queriam morto”
Francisco já tinha se pronunciado no final do mês passado sobre os rumores de um novo conclave que, supostamente, ocorreria por causa do seu estado de saúde.
Em 30 de agosto, a emissora espanhola de rádio Cope divulgou uma prévia da entrevista exclusiva de uma hora e meia que o Papa havia concedido ao jornalista Carlos Herrera e que foi transmitida na íntegra em 1º de setembro. Durante essa conversa, Francisco usou a mesma frase que repetiu aos jesuítas da Eslováquia para responder à pergunta sobre como estava:
“Estou vivo”.
Herrera abordou as especulações da imprensa sobre a possibilidade de renúncia de Francisco, ao que o Papa respondeu:
“Sempre que um Papa está doente, corre uma brisa ou um furacão de conclave”.
As especulações sobre o estado de saúde do Papa Francisco vinham se arrastando desde a cirurgia de cólon.
Em 23 de agosto, um artigo do jornal italiano “Libero Quotidiano” anunciava – sem citar fontes – que o Papa “havia manifestado a sua intenção de renunciar”. Segundo o artigo, as razões girariam em torno à idade e à saúde, alegadamente abalada pela cirurgia.
Vários artigos em diversos veículos insistiram nessa possibilidade após a matéria do “Libero Quotidiano“, mas a entrevista do Papa à rádio espanhola no final do mesmo mês desmentiu os boatos.
Fonte: https://pt.aleteia.org/
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